O maior movimento no mercado de apostas online está acontecendo longe dos olhos do público. Faltando apenas alguns meses para entrar em vigor, a regulamentação das chamadas apostas acelerou o processo de fusões e aquisições e, segundo estimativas dos grandes bancos envolvidos nas negociações, algo entre 15 e 20 marcas devem mudar de mãos até janeiro de 2025, a partir de quando Somente empresas credenciadas pelo governo federal poderão operar no mercado brasileiro. Um exemplo desse movimento aconteceu na semana passada, quando a americana Flutter pagou quase R$ 2 bilhões por uma participação de 56% na brasileira NSX, dona da marca Betnacional.
Mas é improvável que algum novo negócio repita uma quantia tão astronômica. Porque existem poucas grandes empresas disponíveis no mercado. “Eu diria que terminamos este ano com entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões em fusões e aquisições nesse setor”, calcula André Santa Ritta, associado do escritório Pinheiro Neto Advogados, em conta que não considera o bilhão- negócio do dólar. Só este ano, o advogado assessorou quatro operações de fusão nesta área. E há mais dois ou três em andamento, segundo ele.
A Santa Ritta informa que esse movimento começou no final de 2023, quando foi aprovada a lei que regulamenta as apostas no Brasil. “E esse processo de consolidação deve se intensificar no próximo ano, com a imposição de uma série de exigências para quem quiser atuar no país. “O mercado brasileiro é bastante fragmentado. Fala-se em até 2 mil apostas operando em todo o país. Com as novas regulamentações, haverá um aumento nos custos operacionais, pois há uma série de políticas de governança que precisam ser cumpridas.
Aquisição de marcas e players
Flutter não é o único estrangeiro em busca de parceiros brasileiros. A britânica Playtech (LON:), listada na Bolsa de Valores de Londres, é uma das maiores fornecedoras de tecnologia para jogos online do mundo – atua em 19 países, tem mais de 7 mil funcionários – e também atua no B2C. Por isso a empresa gastou US$ 5 milhões para comprar 40% da brasileira Ocean 88 Holdings, dona da marca Galerabet.
O dinheiro não parece ser um problema para a Playtec – as receitas do ano passado na divisão B2B foram de 684 milhões de euros e o EBITDA ajustado de 182 milhões de euros, enquanto na divisão B2C as receitas da Playtech ascenderam a 1,037 mil milhões de euros e o EBITDA ajustado de 250 milhões de euros – , logo após a compra da Galerabet, a empresa britânica financiou a compra de outras duas marcas: F12, do ex-jogador de futsal Falcão, e Inovabet, da influenciadora Luva de Pedreiro. Ambas atuam no mercado pernambucano. Comprar operadores locais é importante não só para entrar nos mercados regionais, mas também para expandir a base de clientes.
Os negócios vão além de marcar território com marcas no mercado nacional. Débora Sejtman Gartner, sócia da área de M&A do Demarest, relata que há grande movimentação no mercado financeiro. Começou a corrida para ver quem é o responsável pelos recebimentos e pagamentos das apostas. De acordo com a lei aprovada no Brasil, somente entidades autorizadas pelo Banco Central podem realizar essas operações. “Antes da regulamentação, essas transações eram feitas de qualquer país – sendo as mais comuns Malta e Curaçao – pois existem diversas operadoras de jogos online com atuação fora do Brasil”, explica o Gartner.
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