Cerca de 20 entidades nacionais do comércio, indústria, consumo e retalho divulgaram um manifesto sobre o crescimento das apostas eletrónicas e as consequências sociais, económicas e de saúde pública destacadas por estes setores.
As entidades signatárias afirmam que passarão a atuar em conjunto para promover a regulação da comunicação publicitária e dos patrocínios, bem como impedir imediatamente a utilização de cartões de crédito para pagamento de apostas, o que só ocorreria em 2025 pela legislação aprovada.
O documento afirma que há um aumento exponencial das receitas provenientes destas apostas, o que, para os setores representados no texto, tem atraído recursos da população, especialmente das classes populares, o que geraria comportamentos compulsivos.
O manifesto afirma que há até utilização de recursos de programas sociais, como o Bolsa Família, com redução do consumo, inclusive de alimentos.
Os signatários querem também responsabilizar as empresas de apostas para que se tornem corresponsáveis pelos tratamentos que envolvem a saúde mental causada pelo vício do jogo nessas modalidades, bem como rever a tributação prevista na lei 14.790/2023, para que seja maior na operação de apostas online, tanto para a empresa de apostas como para o apostador
O manifesto é divulgado ao final do Latam Retail Show, evento organizado pela consultoria Gouvêa Ecosystem. Um estudo da Mosaiclab divulgado no primeiro dia do evento, porém, mostrou que as empresas de apostas virtuais não são o único motivo para desacelerar o consumo no país.
Para 63% dos brasileiros, os gastos com alimentação são a parte mais pesada do orçamento, seguidos por energia elétrica (50%), água (34%) e impostos (34%). Os gastos com jogos e apostas aparecem sim na lista, com 9% dos entrevistados apontando esse fator como pressão de renda.
Segundo a pesquisa, os gastos com jogos e apostas parecem impactar todos os perfis com maior destaque para a classe A, que tem maior renda disponível para despesas extras além do consumo básico.
A sócia-diretora da Mosaiclab, Karen Cavalcanti, explica que há uma teia de mudanças nos hábitos de consumo e que, apesar do crescimento das apostas, para as classes mais baixas, a inflação alimentar ainda é a mais pesada – para 55% dos pesquisados das classes D e E, enquanto 9% indicam apostas.
O documento é assinado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços de Varejo (Abiesv), Associação Brasileira das Indústrias Ópticas (Abióptica), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), Associação Brasileira de Empresas de Venda Direta (ABEVD), Associação Brasileira de Tecnologia para Comércio e Serviços (Afrac), Nacional Associação dos Restaurantes (ANR), Associação Brasileira dos Strip Malls (Abmalls), Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV) e Instituto Foodservice Brasil (IFB). ).
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