Em queda após dois leves ganhos consecutivos, o Ibovespa convergiu nesta terça-feira, 17, para 134 mil pontos, patamar que prevaleceu em sete dos últimos oito fechamentos desde 6 de setembro, vindo dos 136,5 mil do dia anterior.
O longo período de variação restrita tende a terminar na quarta-feira, com a deliberação sobre os juros nos Estados Unidos e no Brasil.
Em Nova York, os ajustes às vésperas da decisão também foram contidos, entre -0,04% (Dow Jones) e +0,20% (Nasdaq) no fechamento. Por aqui, o Ibovespa caiu 0,12%, aos 134.960,19 pontos, com faturamento limitado a R$ 16,3 bilhões na sessão. Na semana, o índice sobe 0,06% e, no mês, cai 0,77%. No ano, aumentou 0,58%.
Na B3, as principais blue chips alinharam-se em baixa, com destaque para a Petrobras (ON -0,61%, PN -0,46%) indo contra a sinalização do petróleo na sessão.
Com a retomada das tensões no Oriente Médio após a explosão de pagers, nesta terça-feira, usados por membros do Hezbollah no Líbano – em um ataque cibernético possivelmente atribuído a Israel -, tanto o Brent quanto o WTI permanecem acima dos US$ 70 por barril.
Entre as bandeiras do Ibovespa, a Vale (ON -0,48%) também cedeu terreno, assim como os grandes bancos, com o Bradesco (ON -0,72%, PN -0,65%) à frente. Na ponta perdedora do índice estão CSN Mineração (-2,82%), Braskem (-1,87%) e Embraer (-1,61%). No lado oposto, Azul (+13,84%), Petz (+3,74%) e Cogna (+2,76%). Da mínima à máxima do dia – correspondente ao patamar de abertura -, o Ibovespa oscilou hoje menos de mil pontos, na faixa de 134.180,34 a 135.118,07.
“Todos aguardam as decisões do Fed e do Copom. O Fed poderá ser mais agressivo amanhã, com um corte de 0,50 ponto percentual, o que animaria as bolsas americanas. mesmo quem espera que Selic permaneça inalterada, e a maioria aposta em alta de 0,25% amanhã [quarta]. As expectativas de maiores taxas de juros domésticas mantiveram a Bolsa em baixa hoje, impulsionadas pela Vale e pela Petrobras. Por outro lado, o dólar continuou caindo com essa expectativa de Selic mais alta, o que atrai fluxos externos especialmente para renda fixa com arbitragem de juros”, aponta Keone Kojin, economista da Valor Investimentos
A taxa básica de juros da economia brasileira deve encerrar janeiro de 2025 em 12% ao ano, segundo estimativa de economistas do BTG Pactual, liderados pelo economista-chefe do banco, Mansueto Almeida.
A informação consta da Macro Pesquisa BTG Pactual de setembro, relata o jornalista Francisco Carlos de Assis, do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).
“Setembro começa com a expectativa do início de um novo ciclo de aumentos de juros, nas próximas quatro reuniões do Banco Central, o que a nosso ver significa um aumento da taxa Selic para 12% ao ano em janeiro do próximo ano. Sem dúvida, esta é uma má notícia, dado que o Brasil iniciará um novo ciclo de aumento das taxas de juros num momento em que os EUA reduzirão a sua taxa básica e a União Europeia continuará o seu ciclo de flexibilização monetária”, observam os economistas do BTG.
A expectativa de mais interesse no Brasil e menos interesse nos Estados Unidos resultou na valorização do real frente ao dólar nos últimos pregões: na mínima de hoje, a moeda americana foi negociada à vista a R$ 5,4790 e, no fechamento, apresentou queda de 0,41%, para R$ 5,4882.
“O mercado voltou a esperar pela ‘super quarta-feira’ das decisões sobre taxas de juros nos EUA e no Brasil. Cresceram as expectativas de um corte maior do Fed amanhã, de 0,50 ponto percentual prevalecendo sobre a aposta de 0,25 pontos. esse corte maior, de meio ponto, vem amanhã, vai estimular fluxos para mercados emergentes como o Brasil. Apesar da recuperação de alguns títulos, a Bolsa aqui continua de lado aguardando essas definições do Fed e do Copom”, diz Rodrigo. Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.
“Amanhã tende a ser um dia muito volátil, por isso o mercado opta por reduzir o risco enquanto não chegam as decisões sobre taxas de juros”, afirma André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, acrescentando que o “fluxo vendedor” prevaleceu hoje , ainda que discretamente na Bolsa, enquanto a curva de juros, assim como a do real, mostra evolução nas expectativas de maior diferencial entre as taxas referenciais do Fed e do BC brasileiro.
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