Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – A maioria das taxas de DI de curto prazo fechou em leve baixa nesta terça-feira no Brasil, enquanto as taxas de longo prazo avançaram, em um dia marcado pela alta nos rendimentos do Tesouro, após a divulgação de dados fortes sobre a economia norte-americana, e expectativas antes das reuniões de política monetária do Banco Central e do Federal Reserve.
A taxa contratual para outubro de 2024 – uma das mais líquidas atualmente, refletindo as apostas de curtíssimo prazo para o Copom desta semana – terminou ligeiramente em alta, mantendo a precificação de aumento da taxa básica Selic na quarta-feira.
No final da tarde, a taxa DI para outubro de 2024 estava em 10,618%, ante 10,598% do reajuste anterior.
A taxa DI de janeiro de 2025 foi de 10,95%, ante 10,953% do reajuste anterior, enquanto a taxa de janeiro de 2026 foi de 11,785%, queda de 4 pontos-base ante 11,829%.
Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 foi de 12,01%, alta de 5 pontos-base ante 11,964%, e o contrato para janeiro de 2033 teve taxa de 11,98%, ante 11,931%.
O exterior trouxe viés de alta para as taxas DI nesta terça-feira, com os rendimentos subindo após a divulgação de dados favoráveis da economia norte-americana.
As vendas no varejo aumentaram 0,1% em agosto, melhor do que o declínio de 0,2% projetado pelos economistas, enquanto a produção industrial aumentou 0,9% no mês passado, acima da previsão de 0,3%.
“Os dados que saíram hoje corroboram essa abertura da curva, tanto aqui quanto no exterior. As vendas no varejo foram superiores ao esperado e a produção industrial também, o que deixa a curva norte-americana aberta”, comentou Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, durante a tarde.
“Também temos commodities como subindo e isso empurra a curva brasileira para cima”, acrescentou. O aumento dos preços do petróleo tem um potencial efeito inflacionário no Brasil, que impacta a curva.
As taxas atingiram os picos do dia no início da tarde, com o DI de janeiro de 2033 atingindo máxima de 12,05% às 13h03, alta de 12 pontos-base em relação ao reajuste do dia anterior. No resto da tarde registou-se um certo abrandamento, mas os contratos com prazos mais longos mantiveram-se em território positivo.
Entre os contratos vendidos, as taxas se aproximaram dos ajustes da véspera e começaram a ceder em alguns casos, em meio à cautela antes das decisões do BC e do Fed sobre os juros, ambas na quarta-feira.
Enquanto a curva norte-americana precificou à tarde uma possibilidade de 64% de um corte de 50 pontos base nas taxas de juros por parte do Federal Reserve, a curva brasileira continuou a indicar um aumento na taxa básica Selic. Essa combinação de taxas de juros mais altas no Brasil e taxas de juros mais baixas nos EUA levou à queda do real frente ao real durante a tarde, pela quinta sessão consecutiva, o que também é visto como um alívio para partes da curva brasileira.
Perto do fechamento, a curva brasileira precificou 91% de probabilidade de alta de 25 pontos-base na Selic e 9% de chance de alta de 50 pontos-base. No dia anterior os percentuais eram os mesmos. A Selic está atualmente em 10,50% ao ano.
Pela manhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou fortemente em setembro e registrou alta de 0,18%, após alta de 0,72% no mês anterior. A expectativa dos analistas em pesquisa da Reuters era de que o indicador acelerasse para alta de 0,78% no mês.
No exterior, os rendimentos continuaram a subir no final da tarde. Às 16h42, o rendimento do Tesouro de dois anos – que reflete as apostas na direção das taxas de juros de curto prazo – subia 4 pontos base, para 3,592%. O retorno do Tesouro a dez anos – uma referência global para decisões de investimento – subiu 2 pontos base, para 3,64%.
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