O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que falta equilíbrio entre os bancos centrais de todo o mundo. Havia um entendimento comum, com o qual o ministro concordou pessoalmente, de que o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) começaria a reduzir as taxas de juro em junho, o que não aconteceu. Participou da abertura da 24ª edição do evento Valor 1000, do jornal Valor Econômico.
Além de as estimativas não terem se concretizado, a comunicação do Fed levou os analistas de mercado na direção oposta, fazendo com que muitos deles vislumbrassem a possibilidade de aumento da taxa básica americana.
Além do descompasso de expectativas em relação à política monetária dos Estados Unidos, Haddad disse que o governo também ‘não ajudou’ e ‘passou a dizer coisas’ que prejudicaram o discurso que estava sendo construído, além de declarações de membros do Banco Central que contrariava as orientações que a autoridade tinha como orientação.
— Depois que passou o medo da subida, veio a incerteza do corte, que agora está se dissipando. E entretanto, o Banco do Japão ainda vem e aumenta as taxas de juro depois de muitas décadas. E depois, lá nos Estados Unidos, declarações contraditórias da nossa diretoria do BC em relação ao próprio guidance, que havia sido estabelecido no comunicado de março. Então, isso ficou um pouco complicado juntos. Houve uma série de desencaixes. O governo não ajudou. O governo também começou a dizer coisas que contradiziam o discurso que estava sendo construído.
E ele continuou:
– […] Também cometemos erros. Às vezes os erros são nossos. Mas é isso que está a acontecer: as taxas de juro vão cair. Há uma desaceleração na economia mundial. Portanto, haverá um corte na taxa de juros. A China, que está a abrandar acentuadamente, terá provavelmente um pacote de estímulo. O Japão, que ameaçava aumentar ininterruptamente as taxas de juros, já disse que não aumentará mais […] São considerações que o Banco Central deverá levar em conta na hora de tomar uma decisão.
Perto do final de seu discurso, Haddad disse que, no último governo, foi aprovada uma emenda constitucional que instituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Este fundo, no entanto, nunca foi integralizado:
— Deixamos R$ 22 bilhões em 2022. O orçamento, para o ano que vem, prevê R$ 56 bilhões e não finalizou a capitalização contratada no governo anterior, que possivelmente chegará a R$ 70 bilhões em 2026 ou 2027. Essa é uma projeção de planejamento. Então, às vezes as pessoas dizem: qual é o gasto? São despesas que já foram contratadas, já foram contratadas. […] Quando saí, em 2012, ele (Fundeb) estava 100% integralizado. Não é isso que está acontecendo com Camilo. Camilo herdou um Fundeb que não foi quitado. Como você paga essa conta da educação?
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