Valores referentes à chamada parcela da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) do MS – ou seja, quanto o Estado arrecada com a mineração – mostram aumento de 95% em quanto Mato Grosso do Sul embolsou com a atividade em oito meses. Em números absolutos, em janeiro de 2024 – dada a distribuição nacional de dezembro, de R$ 487.785.640,59 aos estados e municípios produtores do mineral – a cota para Mato Grosso do Sul era de pouco mais de meio milhão (R$ 514.183,01). Os números divulgados na semana passada, pela Agência Nacional de Mineração (ANM), mostram que a exploração mineral rendeu R$ 1.007.079,70 em royalties ao Mato Grosso do Sul em agosto, valor que será embolsado agora em setembro. Porém, apesar do desempenho, o ranking de distribuição da CFEM por Estados permanece intacto, onde Mato Grosso do Sul continua ocupando o sétimo lugar, atrás de: Minas Gerais Pará Goiás Bahia Mato Grosso São Paulo Diferenças Em relação à arrecadação, em agosto, a exploração mineral rendeu R$ 43.126.678,74 para Minas Gerais, que ocupa o primeiro lugar no ranking, com diferença de R$ 1.922.650,74 para o Pará, que aparece em segundo lugar. @@RELACIONADAS_NOTICIAS@@ Do segundo para o terceiro lugar já existe um “abismo” de diferença entre os valores de mais de R$ 41 milhões em royalties recebidos pelo Pará e a parcela de R$ 2.527.878,52 de Goiás, valores mais próximos da realidade mato Grosso do Sul. Raio X da mineração Ainda na virada de 2024, o Governo do Estado já via com bons olhos o sétimo lugar da CFEM no Brasil, graças principalmente ao desempenho crescente da extração de ferro e manganês. Desde janeiro, aliás, a empresa do Grupo J&F (LHG Mining) – antiga MCR (Mineração Corumbaense Reunida), que possui duas minas em operação no interior do Estado – vem apresentando bom desempenho, sendo a primeira em faturamento na época, destaca o Governo do Estado do MS. O setor cresce rapidamente e está até em busca de mão de obra, já que a empresa chegou a abrir 100 vagas no início da semana, para interessados em morar e trabalhar em Corumbá, das quais restaram apenas 20 após o intervalo de quatro dias. No Mato Grosso do Sul, principalmente Cidade Branca é quem impulsiona os bons resultados do Estado, sendo a primeira de Mato Grosso do Sul a aparecer no ranking detalhado de valores distribuídos. Enquanto os primeiros dezoito lugares desta lista ficam por conta de municípios dos dois principais estados exploradores da atividade (Pará e Minas Gerais), Corumbá – segundo a parcela agosto/setembro – embolsa R$ 3.266.984,13 em royalties. Porém, como discutiu recentemente o Correio do Estado, as exportações de minério caíram mesmo com a produção constante, segundo dados da Carta de Situação do Setor Externo, elaborada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). Isto porque, enquanto no ano passado foram enviadas 4,5 milhões de toneladas de minério de ferro para o mercado externo, os dados de 2024 apontam para 3,008 milhões de toneladas (204 milhões de dólares) de Janeiro a Agosto. Assine o Correio do Estado
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