Dezesseis anos após o início das obras, o antigo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), hoje rebatizado de Complexo Energético de Boaventura, teve sua primeira unidade fabril inaugurada nesta sexta-feira (13), em Itaboraí, no Grande Rio.
A unidade de processamento de gás natural (UPGN) é a maior do país e terá capacidade para processar 21 milhões de metros cúbicos (m³) por dia.
Itaboraí (RJ), 13/09/2024 – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, posa para foto com trabalhadores, durante visita à Usina de Gás Natural do Complexo Energético Boaventura, no Complexo Energético Boaventura.
Presente no evento, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, lamentou a paralisação das obras: “Essa era para ser a grande indústria petroquímica brasileira. Meu sonho foi jogado no lixo, porque pararam aqui, como paralisaram a refinaria Abreu e Lima, como paralisaram a possibilidade de uma refinaria no Ceará, uma refinaria no Maranhão”.
Segundo o ministro Alexandre Silveira, a paralisação das obras em 2015 foi “covarde”, o que impediu a geração de receita de R$ 7 bilhões, desde 2018, quando as obras estavam previstas para serem concluídas, apenas no diesel refinado.
ANP
A autorização para início de operação foi concedida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última segunda-feira (9).
Nos próximos dias serão realizados testes e calibrações dos equipamentos.
O início das operações comerciais está previsto para o início do próximo mês. A UPGN receberá gás natural diretamente do pré-sal da Bacia de Santos, por meio do gasoduto Rota 3, que também entra em operação.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a UPGN aumentará a oferta para o mercado nacional.
“Esse gás natural não é um gás qualquer, é o gás natural do pré-sal. É o gás que vai reduzir a nossa dependência energética e garantir a nossa segurança alimentar e energética”, afirmou o ministro.
O Comperj foi inaugurado em 2006, durante o primeiro governo do presidente Lula, e começou a ser construído dois anos depois.
A previsão inicial era de uma unidade que refinaria 165 mil barris de petróleo por dia e entraria em operação em 2012.
Com o andamento das obras e o anúncio de uma nova refinaria ainda maior, a inauguração prevista foi adiada.
Em 2015, as obras foram totalmente interrompidas, em meio a uma crise econômica e a denúncias de corrupção na Petrobras.
Em 2018, com um novo plano, de conclusão inicial de uma unidade de processamento de gás, as obras da UPGN foram retomadas.
“Para a cidade, para o estado e para o país é uma representatividade enorme, depois de 16 anos, temos a conquista de ter a primeira unidade. E isso traz para o nosso estado, uma enorme oferta de gás natural. [A UPGN] deverá aumentar a oferta de gás no país em cerca de 20%”, explicou o gerente da UPGN, Leandro Veiga.
O Complexo Energético de Boaventura contará ainda com unidades de refinação de lubrificantes do Grupo II, com capacidade para produzir 12 mil barris por dia; de querosene de aviação QAV-1 (20 mil barris/dia); e diesel S-10 (75 mil barris).
Também estão previstas duas termelétricas a gás (com capacidades de geração de 1.200 e 600 megawatts) para o complexo, que operarão em sinergia com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc).
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