Locomotiva da indústria nacional, que representa um terço da produção das fábricas do país, o estado de São Paulo registrou queda de 1,8% na produção industrial em julho. Este cenário explica o resultado nacional, que foi negativo: -1,4%.
A constatação faz parte da Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada nesta sexta-feira (13), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa complementa a pesquisa nacional, divulgada no dia 4, que investiga o comportamento do parque industrial em 15 regiões.
Além de São Paulo, Pará (-3,8%) e Bahia (-2,3%) apresentaram queda na produção. Em São Paulo, o resultado interrompeu três meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou alta de 4,1%.
“A queda de 1,8%, acima da média nacional, acabou eliminando parte do crescimento acumulado no período. A indústria farmacêutica influenciou negativamente os resultados da produção paulista”, explica Bernardo Almeida, analista do IBGE.
Antes da pandemia
No acumulado do ano, São Paulo apresenta expansão de 4,7% e, em 12 meses, de 2,5%. Com esse resultado, a indústria paulista fica 2,2% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), acima da média nacional, que está 1,4% acima do alcançado no segundo mês de 2020.
No Pará, que representa 4,1% da produção nacional, a queda de junho para julho é explicada pela redução no setor de minerais não metálicos. Na Bahia, que responde por 3,9% da produção nacional – os resultados negativos foram explicados pelos setores de produtos químicos e celulose.
Maiores altos
Pelo lado positivo, os estados com maiores altas de junho para julho foram Amazonas (6,9%), Espírito Santo (5,8%), Paraná (4,4%) e Pernambuco (4,2%). Os demais locais pesquisados que mostraram expansão foram Região Nordeste (3,0%), Minas Gerais (2,1%), Ceará (1,9%), Mato Grosso (1,8%), Rio de Janeiro (1,4%), Santa Catarina (1,3%) , Goiás (1,2%) e Rio Grande do Sul (0,8%).
Bernardo Almeida explica que o desempenho da indústria nacional não pode ser interpretado como um espelho dos resultados das 15 regiões pesquisadas.
“Ressalta-se que o resultado regional não esgota os resultados do Brasil, ou seja, parte da produção nacional não é contemplada nos resultados regionais, pois são apenas 15 localidades pesquisadas”, diz. “Dessa forma, o resultado nacional não decorre da soma dos resultados regionais”, explica.
Cenário
O analista avalia que a queda de 1,4% na média nacional está concentrada nas atividades com maior peso na amostra. Houve quedas nos sectores dos produtos petrolíferos, extractivos e alimentares.
Almeida destaca que a queda de julho está relacionada às condições macroeconômicas desfavoráveis, com a Selic (taxa básica de juros da economia) na casa dos dois dígitos: 10,5%.
Do lado da procura, as elevadas taxas de juro – uma política monetária que encarece os empréstimos – têm impacto no rendimento disponível e no consumo das famílias. Do lado da produção, o financiamento mais caro desencoraja a tomada de decisões de investimento.
O pesquisador avalia que há aumento no ritmo de produção, mas, ao mesmo tempo, observa-se que a indústria caminha em ritmo moderado.
“Por um lado temos uma melhora no mercado de trabalho e por outro temos a taxa de juros freando os efeitos desse fator positivo. Isso explica esse quadro oscilante no comportamento do setor [nos últimos meses]”, analisa.
Em 2024, até julho, a indústria nacional acumula expansão de 3,2%. Em 12 meses, o resultado é positivo em 2,2%.
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