O salário médio dos brasileiros no setor privado teve um aumento real (acima da inflação) de 3,6% em 2023, chegando a R$ 3.514,24, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em relação a 2022, houve crescimento real médio de R$ 123,66.
A informação consta da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), divulgada pelo MTE nesta quinta-feira. A pesquisa ainda não inclui informações do setor público, que devem ser divulgadas no quarto semestre, segundo o governo.
Homens e brancos tiveram os principais ganhos
A RAIS mostra, porém, que esse crescimento continuou beneficiando principalmente os homens, que tiveram aumento real médio de R$ 131,40 no ano passado. No caso das mulheres, o aumento foi de R$ 111,15.
Assim, a remuneração das mulheres permaneceu 15,4% inferior à dos homens, com diferença de R$ 20,25.
Em novembro do ano passado, o governo publicou um decreto que define regras para que as empresas busquem a igualdade salarial entre homens e mulheres.
O documento estabelece que as empresas privadas devem fornecer informações sobre os rendimentos dos seus empregados. O primeiro relatório divulgado pelo governo com os dados recolhidos indica que as mulheres recebem 19,4% menos que os homens nas maiores empresas do país.
Por raça ou cor, os principais ganhos vieram das categorias Branca (+3,0%, ou +R$ 127,15), Preta (+4,1%, ou +R$ 117,11) e Parda (+3,7%, ou +R$ 105,68) que teve aumentos.
Enquanto isso, as categorias Amarela (-11,9%, ou -R$ 636,87) e Indígena (-1,5%, ou -R$ 51,10) registraram perdas na remuneração.
Estoque de empregos formais
No balanço total do mercado de trabalho do setor privado, a RAIS mostra que em 2023 houve um aumento de 3,5% no estoque de empregos formais, que atingiu 44.469.011 empregos ativos. Com isso, houve um aumento de 1.511.203 ligações em relação ao ano passado, quando foram registradas 42.957.808 ligações.
Empregos formais são aqueles em que os empregados têm vínculo empregatício e estão inscritos na Carteira de Trabalho.
A região Sudeste continuou sendo a que concentra a maior concentração de empregos formais, detendo 51,2% do emprego total. Em seguida vem a região Sul, com 18,4%, e o Nordeste, com 16,4%.
As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste também apresentaram crescimento, respectivamente 5,4%, 4,2% e 4,2%.
Entre os estados, o Piauí registrou o maior crescimento relativo, com aumento de 7,3%, seguido pelo Amapá (+6,8%), Tocantins (+6,6%) e Roraima (+6,3%).
Todos os principais setores económicos apresentaram crescimento no ano passado:
Construção civil – aumento de 6,8% (+181.588 empregos)
Serviços – aumento de +4,8% (+962.877 ligações)
Comércio – aumento de 2,1% (+212.543 links)
Agricultura – aumento de 1,9% (+33.842 empregos)
Indústrias Extrativas – aumento de 5,7% (+14.632 empregos)
A subsecretária de Estatística e Estudos Trabalhistas, Paula Montagne, destacou o desempenho do setor de serviços, que responde pela maior parte dos empregos formais no país.
— Quem tem acompanhado o mercado de trabalho sabe que a maior parte dos empregos gerados está no setor de serviços, passamos de 19,989 milhões para 20,952 milhões, uma variação de quase um milhão de empregos — observou o subsecretário.
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