SÃO PAULO (Reuters) – As taxas DI de curto prazo operaram com viés de alta nesta segunda-feira, depois que economistas de mercado passaram a projetar três altas de 25 pontos-base na Selic ainda em 2024, segundo o relatório Focus, enquanto as taxas longas fecharam ligeiramente mais baixas , pela quinta sessão, refletindo a ligeira queda nos rendimentos do Tesouro.
No final da tarde, a taxa DI para outubro de 2024 – uma das mais líquidas atualmente, refletindo as apostas para o Copom de setembro – estava em 10,536%, ante 10,523% do reajuste anterior. A taxa DI para janeiro de 2025 foi de 10,92%, ante 10,911% do reajuste anterior, enquanto a taxa de janeiro de 2026 foi de 11,755%, ante 11,728%.
Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 foi de 11,75%, ante 11,782%, e o contrato de janeiro de 2033 teve taxa de 11,72%, ante 11,749%.
No início do dia, o boletim Focus do Banco Central indicava que a projeção mediana do mercado para a Selic ao final de 2024 passou de 10,50% para 11,25% ao ano. Na prática, a mudança representa a perspectiva de três altas de 25 pontos-base na Selic ainda em 2024 – em setembro, novembro e dezembro.
O Focus também mostrou que a projeção de inflação para 2024 passou de 4,26% para 4,30%, ainda mais longe da meta de 3%. Para os anos de 2025 e 2026 foram mantidas as projeções de inflação, em 3,92% e 3,60%, respectivamente.
Neste cenário, as taxas curtas tiveram um dia de subida, enquanto as taxas longas caíram.
“Os economistas dizem que a taxa Selic vai subir 25 pontos base (em setembro), e o próprio BC disse que se os juros subirem, será gradual. Então, se já se sabe que o aumento será de 25, o mercado abre algumas apostas em 50 pontos-base”, comentou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura.
“Como os 25 pontos base estão garantidos, o próximo jogo é apostar nos 50 pontos. É por isso que você vê o curto prazo subir”, acrescentou.
Perto do fechamento desta segunda-feira, a curva brasileira precificou 91% de probabilidade de alta de 25 pontos base e 9% de chance de alta de 50 pontos base. Na sexta-feira, os percentuais eram de 96% e 4%, respectivamente.
No longo prazo, a queda nas taxas futuras foi favorecida, na visão de Borsoi, pelas projeções de inflação para 2025 e 2026, que não pioraram no Focus. Além disso, a queda esteve em linha com a ligeira descida das taxas de rendibilidade das obrigações dos EUA durante a tarde.
Às 16h38, a referência global para decisões de investimento caía 1 ponto base, para 3,702%.
Na terça, as atenções no Brasil estarão voltadas para a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto e, na quarta, para os dados do setor de serviços de julho. Os EUA divulgam seu índice de preços ao consumidor de agosto na quarta-feira.
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