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O Ministério da Fazenda ainda trabalha com cenário de inflação dentro da meta em 2024, com tendência de queda nos próximos anos, mesmo com pressões decorrentes da maior seca da história do país e com a economia mais forte que o esperado.
A meta é de 3%, podendo chegar até 4,5%.
Esses dois fatores, somados à trajetória cambial, elevaram as projeções do mercado financeiro e os analistas já deram o alarme para uma possível ultrapassagem da meta neste ano.
Com isso, grande parte do mercado já espera aumento da taxa Selic no Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês.
— O BC (Banco Central) decide a política de taxas de juros. Nosso cenário continua sendo de inflação dentro da meta e desaceleração neste ano e nos próximos — destacou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello.
Atualmente, o governo espera alta de 3,9% para o IPCA (índice oficial de inflação) neste ano e de 3,3% para 2025, contra a meta de 3%. As projeções podem ser revisadas no Boletim MacroFiscal que será divulgado este mês.
Mello destacou ainda que, a partir de 2025, entrará em vigor o regime de metas contínuas, em que a meta só será considerada cumprida se permanecer seis meses fora do limite.
— Não vemos esse cenário pela frente — acrescentou.
Em 2024, a inflação ainda será avaliada pelo modelo do ano civil. Ou seja, será desobedecido se, em dezembro, ultrapassar o teto da meta.
A meta a ser perseguida pelo Banco Central neste e nos próximos anos é de 3,0%, com faixa de tolerância de 1,5% a 4,5%.
Até julho, o IPCA acumulou alta de 4,5% em 12 meses, no teto da meta. O IPCA de agosto será divulgado nesta terça-feira.
Nesta segunda-feira, o Boletim Focus, pesquisa do Banco Central com analistas econômicos, apontou o oitavo aumento consecutivo nas expectativas para o IPCA (índice oficial de inflação) para 2024, de 4,26% para 4,30%.
Há economistas, porém, que já veem a inflação no teto da meta, como Warren Rena. Para os anos seguintes, as medianas foram mantidas, 3,92% para 2025 e 3,60% para 2026.
Em relação aos juros, o Focus passou a prever um novo ciclo de alta, a partir deste mês, quando a Selic deverá subir de 10,50% para 10,75% ao ano, segundo estimativa mediana. Até o final do ano, a expectativa é que a taxa chegue a 11,25%.
A Selic está parada desde junho, quando o BC decidiu encerrar o processo de redução dos juros iniciado em agosto de 2023. Mas, desde julho, o BC afirma que todas as opções estão sobre a mesa, inclusive a alta da Selic .
As revisões nas expectativas do mercado ocorrem após o resultado surpresa do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2024, que subiu 1,4%, bem acima das expectativas do mercado financeiro.
Para os economistas, a economia forte e a taxa de desemprego mais baixa em 10 anos tendem a traduzir-se numa inflação mais elevada, com especial contribuição dos preços dos serviços.
Além disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionou a bandeira vermelha 1 na conta de luz em setembro devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas em meio à seca recorde deste ano. A marca acrescenta uma cota extra de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
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