A indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC) será analisada no dia 8 de outubro, anunciou nesta quarta-feira o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Será na primeira semana após as eleições autárquicas. A data da audiência, etapa anterior à votação, ainda não foi divulgada. Isso cabe à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
A votação nas nomeações de autoridade é secreta. Portanto, é necessário que elas ocorram de forma presencial.
“Caberá ao senador Vandelan definir a data da audiência e obviamente compartilhar com os membros da Comissão de Assuntos Econômicos a melhor data para esta audiência e, por parte da presidência do Senado, gostaria de marcar a data para consideração agora no plenário, após a comissão, na data de 8 de outubro após as eleições”, disse Pacheco.
A data ocorre em função do período eleitoral, que esvazia o Congresso Nacional, e das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) em meados deste mês.
Galípolo começou a visitar senadores esta semana (veja o vídeo), no tradicional “beijo de mão” antes da sabatina. O relator da indicação é o líder do governo na Câmara, Jaques Wagner (PT-BA).
O governo inicialmente trabalhou para que a audiência acontecesse no dia 10, semana que vem.
Na semana seguinte, nos dias 17 e 18, acontece a reunião do Copom. Por ser diretor de Política Monetária do BC, Galípolo precisa participar das reuniões que definirão os juros. Entre os dias 11 e 24, os dirigentes do BC cumprem um período de silêncio, em que não costumam falar sobre juros.
As semanas seguintes ficam bem próximas do primeiro turno das eleições, marcado para 6 de outubro —e os senadores costumam deixar Brasília nesse período.
“Neste mês de setembro estamos fazendo esse esforço concentrado de sessões presenciais no Senado, mas é um período do processo eleitoral que naturalmente, como acontece em todos os anos eleitorais, dificulta a gente reunir uma quórum melhor ou maior aqui”, disse Pacheco
Galípolo começou a “beijar mãos” nesta segunda-feira no Senado em busca de apoio antes de sua sabatina. Trabalhou em gabinetes como os senadores Teresa Leitão (PT) e Oriovisto Guimarães (Podemos), que é da oposição.
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A expectativa do governo é que Galípolo não tenha dificuldade de aprovação, já que passou por sabatina para assumir a direção de Política Monetária do BC.
A nomeação de Galípolo já era esperada pela proximidade com a equipe econômica. Poucos meses depois de assumir o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda no terceiro mandato do governo Lula, Galípolo deixou o cargo para integrar o conselho de administração do Banco Central, por recomendação do Tesouro.
Ele havia assumido o segundo lugar do Ministério da Fazenda após ingressar na equipe de transição e ser peça importante na campanha de Lula.
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