As atividades da indústria voltadas à produção de veículos automotores, reboques e carrocerias tiveram papel fundamental nos resultados alcançados no desempenho geral da indústria, crescendo 12% em julho deste ano em relação a julho do ano passado.
“Os automóveis foram decisivos para esse resultado. As autopeças, em menor proporção, mas também ajudaram o setor”, disse o gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.
Segundo Macedo, o desempenho negativo da produção industrial em julho, que caiu 1,4%, vem após o intenso crescimento verificado em junho, quando a produção cresceu 4,3%, sendo influenciada pela volta à produção de unidades produtivas que foram, direta ou indiretamente, afetadas pelas chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul em maio. Indústrias automotivas como Scania e Volks, afetadas pela falta de componentes vindos das fábricas gaúchas, chegaram a conceder férias coletivas.
“Grande parte da queda registrada neste mês decorreu do avanço verificado no mês anterior, mas também se observa que importantes plantas industriais fecharam, mesmo assim estamos em trajetória ascendente”, afirmou.
PIB
Ontem, o IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,4% no segundo trimestre, superando as expectativas. A indústria e o setor de serviços foram fundamentais para o resultado positivo.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), comemorou o desempenho geral.
“São três boas notícias. A primeira é o crescimento do PIB. O mercado esperava 0,9% e cresceu 1,4%. A segunda boa notícia é que tivemos o terceiro maior crescimento entre todos os países do G20 e, por fim, a qualidade desse crescimento. A indústria cresceu, os investimentos cresceram e isso é uma boa notícia para o Brasil e para os brasileiros”, disse Alckmin.
Confira os resultados do PIB dos países do G-20 no segundo trimestre de 2024:
Indonésia: 3,8%;
Índia: 1,9%;
Brasil: 1,4%;
Arábia Saudita: 1,4%;
Japão: 0,8%;
Estados Unidos: 0,7%:
China: 0,7%;
Reino Unido: 0,6%;
Canadá: 0,5%;
África do Sul: 0,4%;
União Europeia: 0,3%;
Itália: 0,2%;
França: 0,2%;
México: 0,2%;
Turquia: 0,1%;
Alemanha: -0,1%;
Coreia do Sul: -0,2%
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