A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quarta-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode crescer até 3% sem pressionar a inflação, desde que o crescimento seja impulsionado por diferentes setores da economia.
Em entrevista à rádio CBN, Tebet lembrou que havia projeções de que o PIB potencial do Brasil (quanto um país pode crescer sem impactar a inflação) estava em torno de 1%, 1,5% há algum tempo.
Hoje, disse, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o país possa crescer 2,5% sem inflação. Mas o governo trabalha com números maiores:
– Podemos crescer 2,8%, até 3%, sem bater na inflação, desde que o crescimento seja pela diversidade. Não é só o agronegócio, a indústria tem que atender, para que a demanda não seja maior que a oferta – disse Tebet.
Ontem, o IBGE anunciou que o PIB cresceu 1,4% no segundo trimestre, levando analistas de mercado a reverem as projeções de crescimento.
Alguns prevêem um aumento de 3% este ano. Isso também levou muitos economistas a temerem um aumento da inflação, pois o mercado de trabalho aquecido e o aumento da renda poderiam fazer com que a demanda excedesse a oferta, pressionando os preços.
Para Tebet, se os próximos trimestres repetirem o desempenho económico do segundo trimestre, esse risco não se concretizará.
– Esse crescimento (PIB do segundo trimestre) é de qualidade, porque vem da indústria, do investimento. A demanda pelos produtos, que vem do aumento dos salários, vai encontrar os produtos nas prateleiras, graças à indústria que os produz.
Mais negociações para negociar com o Congresso
Ela disse ainda que o crescimento do PIB dará mais força ao governo para negociar com o Congresso a aprovação do Orçamento da União para 2025.
– Com o crescimento da receita (com o PIB acima do esperado, a tendência é que a receita suba), estamos perto de atingir a meta zero (déficit) em 2024. E conseguiremos atingir a meta zero em 2025 – disse o ministro.
Também hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à Globonews que os gastos do programa de auxílio ao gás no Orçamento de 2025 devem ser revistos.
Ele disse ainda que a economia brasileira continua crescendo com inflação baixa e que não vê motivos para revisão da meta fiscal.
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