O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse estar convencido de que o país não terá uma nova crise no setor elétrico em 2025, como ocorreu em 2021 devido à seca. Disse que o momento é crítico, mas que o governo e o sector planeiam garantir a segurança energética do país.
“Estamos passando pelo período mais crítico do ano, que é o período de transição do período seco para o chuvoso. Isso requer um planejamento robusto. Estamos tomando cuidado para nos anteciparmos aos problemas. Por isso tenho absoluta convicção de que não passaremos em 2025 pelo que aconteceu em 2021, que por falta de planejamento estivemos à beira de um colapso energético no Brasil”ele disse.
Na manhã desta terça-feira (3 de setembro de 2024), Silveira se reuniu com a diretoria do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). À tarde, será realizada reunião extraordinária do CMSE (Comitê de Acompanhamento do Setor Elétrico). As medidas para lidar com os baixos níveis dos reservatórios são a agenda principal.
Silveira afirmou que será evitado ao máximo o despacho de térmicas fora da ordem de mérito. Essas usinas não são programadas para gerar energia de acordo com o planejamento da operadora e possuem custos mais caros que outras termelétricas. Tudo depende de quando as chuvas começarem.
“As medidas que estamos adotando são para que possamos despachar menos termelétricas, principalmente as que utilizam petróleo no Norte. Mas isso vai depender do volume de chuvas e de quando vai começar. […] Actualmente não temos qualquer indicação de que, a curto prazo, precisaremos de fazer [o despacho fora da ordem de mérito]”.
O ONS já sugeriu ao CMSE a adoção de medidas extras para garantir o abastecimento, como antecipar o acionamento de usinas térmicas que só entrariam em operação nos próximos anos e postergar manutenções nas usinas contratadas.
Com o aumento das temperaturas, o consumo de energia cresceu ao mesmo tempo em que os reservatórios das hidrelétricas estão abaixo da média. O período de seca foi mais grave do que os últimos e afectou os caudais dos rios e os níveis das plantas. É uma combinação perigosa de alta demanda e baixa oferta.
A principal preocupação da operadora é com o abastecimento nos horários de pico (início da noite) durante os meses de outubro e novembro, últimos meses do período seco. Naturalmente, os reservatórios e os fluxos tornam-se menores durante este período, enquanto as temperaturas e consequentemente o consumo começam a subir ainda mais.
Como mostra o Poder360desde fevereiro o ONS vinha alertando sobre a projeção de baixa vazão das usinas para o período de estiagem. Atualmente, 4 das principais hidrelétricas com reservatórios do país estão com níveis em torno de 20%. Na fábrica de Furnas, uma das maiores do Brasil, o nível está em 51%. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, onde estão localizados 70% dos principais reservatórios do sistema elétrico, a média é de 56%.
Bandeira vermelha acionada
O agravamento da seca aliado à previsão de alta demanda fez com que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) acionasse a bandeira vermelha nível 2 para setembro. É a primeira vez em 3 anos que esse nível será utilizado no país.
Alexandre Silveira afirmou que não é possível prever quanto tempo durará o nível mais elevado de encargos na conta de luz. Depende das chuvas que virão. No momento, ele descarta a possibilidade de recriar a bandeira de escassez hídrica.
Com a bandeira vermelha 2, há cobrança adicional na conta de luz de R$ 7,87 para cada 100 KWh (quilowatt-hora) consumidos. É um acréscimo significativo que vai pesar no bolso do consumidor num mês de calor intenso.
A última vez que a conta de luz teve bandeira vermelha foi em agosto de 2021, quando vigorava o nível 2. De setembro de 2021 a abril de 2022 existiu temporariamente uma bandeira de patamar ainda superior, a da escassez hídrica (também chamada de bandeira negra), que foi extinta.
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