Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – As taxas de DI de curto prazo permaneceram próximas da estabilidade ou ligeiramente superiores nesta terça-feira, influenciadas por dados fortes do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que sugerem pressão inflacionária, enquanto as taxas de ações longas caíram em linha com a queda dos rendimentos do Tesouro no exterior.
No final da tarde, a taxa DI para janeiro de 2025 – que reflete a política monetária no curtíssimo prazo – estava em 10,975%, ante 10,991% do ajuste anterior. A taxa DI referente a janeiro de 2026 foi de 11,9%, ante 11,882% do reajuste anterior.
Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 foi de 12,11%, ante 12,158%, e o contrato de janeiro de 2033 teve taxa de 12,08%, ante 12,131%.
Antes da abertura dos negócios, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB cresceu 1,4% de abril a junho deste ano, na comparação com o primeiro trimestre. O resultado ficou bem acima da expectativa de aumento de 0,9% indicada em pesquisa da Reuters com economistas.
Foi também o crescimento mais forte desde o quarto trimestre de 2020, período de recuperação da pandemia de Covid-19, quando o PIB aumentou 3,7% na comparação trimestral.
Em comentário enviado aos clientes, o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, destacou o bom desempenho da indústria, que cresceu 1,8% no segundo trimestre, e dos investimentos, que aumentou 2,1% no período.
“O outro lado dessa história é a inflação, que está sob pressão. Agora, com bandeira vermelha e com o câmbio ainda desvalorizado, dificilmente chegaremos a uma inflação abaixo de 4,3% ou 4,4%, com risco de chegar até a 4,5%”, disse Gala.
Em reação, as taxas curtas de futuros dispararam no início do dia. Perto das 9h30, a taxa DI de janeiro de 2025 atingiu máxima de 11,02%, alta de 3 pontos-base em relação ao reajuste anterior, enquanto a taxa DI de janeiro de 2026 atingiu 12,01%, alta de 13 pontos-base.
Embora as taxas curtas tenham perdido força no resto da sessão, permaneceram próximas da estabilidade ou ligeiramente superiores.
“A ponta curta (da curva) subiu com o PIB no segundo trimestre, bem acima das expectativas. Olhando pela perspectiva da demanda, o PIB apresenta um crescimento muito forte tanto no consumo das famílias quanto nos investimentos”, destacou Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research.
“Isso dá conforto, dá espaço para o Banco Central aumentar os juros para conter a inflação, sem medo de causar recessão”, acrescentou.
Entre os contratos de médio e longo prazo, as taxas caíram esta terça-feira no Brasil, refletindo diretamente a queda dos rendimentos do Tesouro no exterior, após a divulgação de dados fracos da indústria norte-americana.
O Institute for Supply Management (ISM) informou pela manhã que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) de manufatura subiu para 47,2 em agosto, de 46,8 em julho. Apesar do aumento, a leitura abaixo de 50 continuou a indicar contracção no sector industrial, que representa 10,3% da economia dos EUA.
Os números pesaram na curva de rendimentos norte-americana e na parte longa da curva brasileira, em meio a temores de que os EUA pudessem entrar em recessão.
“Outro fator para o fechamento (de taxas mais longas) no Brasil é a queda de commodities no mercado internacional, como e . Isso significa menos inflação”, disse Quaresma.
Em meio a esse cenário, a curva brasileira continuou indicando chance majoritária de aumento de 25 pontos base na taxa básica Selic neste mês. Perto do fechamento, a curva precificou uma probabilidade de 72% de um aumento de 25 pontos base e uma chance de 28% de um aumento de 50 pontos base. Na véspera, os percentuais eram de 59% e 41%, respectivamente.
Às 16h39, a referência global para decisões de investimento caía 7 pontos base, para 3,841%.
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