Quase todo o crescimento dos gastos públicos no próximo ano será comprometido com gastos obrigatórios. De acordo com o projeto de lei do Orçamento de 2025, enviado nesta sexta-feira (30) ao Congresso e detalhado nesta segunda-feira (2), dos R$ 143,9 bilhões de gastos adicionais no próximo ano, sobrarão apenas R$ 11,7 bilhões (8,13%) para despesas discricionárias (não obrigatórias). ) gastos, como investimentos (obras públicas) e novos programas.
Os R$ 132,2 bilhões restantes (91,87%) cobrirão despesas obrigatórias, das quais a maior parte, R$ 71,1 bilhões, é destinada à Previdência Social. Em segundo lugar aparecem as despesas com pessoal, com aumento de R$ 36,5 bilhões. Em terceiro lugar estão as despesas obrigatórias com controle de fluxo (categoria que engloba programas sociais e pisos de saúde e educação), com aumento de R$ 11,3 bilhões.
Em entrevista para detalhar o projeto do Orçamento 2025, o secretário adjunto do Orçamento da União, Clayton Montes, reconheceu que o espaço para gastos discricionários está comprimido. “O Orçamento é a arte de distribuir recursos escassos com receitas existentes. Nossa intenção é tentar reverter essa questão com a revisão dos gastos”, declarou o secretário. Além dos investimentos, as despesas discricionárias incluem despesas com manutenção de serviços públicos, como luz, água, contas de internet, material de escritório e limpeza de órgãos federais.
Completam a lista de aumentos de gastos obrigatórios estão o Benefício de Prestação Continuada (BPC), com R$ 6,6 bilhões, e o auxílio-desemprego e seguros, com R$ 6,5 bilhões. No caso do Bolsa Família e do BPC, o impacto poderia ser maior. Na semana passada, o governo anunciou que estes programas estão incluídos no plano de revisão de despesas do próximo ano.
Em relação ao Bolsa Família, o orçamento do programa caiu de R$ 169,5 bilhões para R$ 167,2 bilhões. Na semana passada, o governo explicou que pretende reduzir a dotação para os níveis de 2023, através da revisão dos registos e do combate à fraude. O governo pretende economizar R$ 6,4 bilhões com o BPC: R$ 4,3 bilhões com a atualização do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e R$ 2,1 bilhões com a reavaliação de perícias.
O marco fiscal limita o crescimento dos gastos federais a 2,5% acima da inflação em 2025. Originalmente, as regras limitam o aumento dos gastos a 70% do aumento da receita acima da inflação no ano anterior. Como o projeto do Orçamento prevê um crescimento das receitas de 5,78% acima da inflação no próximo ano, o aumento real das despesas, ao aplicar o percentual de 70% de crescimento das receitas, em tese, seria de 4,04%.
O quadro fiscal, no entanto, tem outro limite de gastos, que restringe o crescimento das despesas acima da inflação, dentro de uma faixa entre 0,6% e 2,5%. Dessa forma, a União poderá gastar apenas 2,5% acima da inflação no próximo ano.
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