Em dia de tensão no mercado interno e internacional, o dólar fechou praticamente estável após o Banco Central (BC) intervir duas vezes no câmbio. A bolsa caiu durante quase todo o pregão, em meio a ajustes, mas teve seu melhor mês do ano em agosto.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (30) vendido a R$ 5,633, alta de apenas 0,17%. O preço, porém, registrou forte volatilidade ao longo do dia. Por volta das 9h40, logo após a primeira intervenção do BC, caiu para R$ 5,58. Subiu 20 minutos depois para R$ 5,69, desacelerou por volta das 12h30, após a segunda ação do BC, passou quase a tarde inteira na casa dos R$ 5,65, e permaneceu estável até o final das negociações.
Intervenção
Nesta sexta-feira, o BC vendeu US$ 1,5 bilhão em dinheiro das reservas internacionais no início da manhã. Foi a primeira intervenção deste tipo desde abril de 2022, logo após o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. À tarde, a autoridade monetária leiloou US$ 765 milhões em novos contratos de swap cambial tradicional, operação que funciona como a venda de dólares no mercado futuro.
O BC justificou sua atuação pela necessidade de combater disfuncionalidades no mercado de câmbio no último dia útil do quadrimestre. Tradicionalmente, os investidores aguardam o final de cada mês para ajustar suas carteiras, interferindo na taxa Ptax (taxa média ao longo do dia), que define a conversão para reais da dívida pública em dólares e reservas internacionais.
Apesar de ter subido 2,86% na semana, o dólar encerrou agosto com leve queda de 0,34%. Em um mês marcado por forte volatilidade, a moeda norte-americana atingiu R$ 5,74 no dia 5, em meio a temores de recessão nos Estados Unidos, o que levaria à queda da atividade econômica global. O preço caiu nas semanas seguintes, chegando a R$ 5,41 no dia 19, antes de subir nos últimos dez dias de agosto.
No mercado de ações, a bolsa teve um dia de ajustes. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 136.004 pontos, com queda de apenas 0,03%. O indicador teve o segundo dia consecutivo de queda, após bater recorde histórico na quarta-feira (28) e fechar pela primeira vez acima dos 137 mil pontos.
Mesmo com as turbulências no mercado financeiro, a bolsa registrou alta de 6,54% no ano, com o melhor desempenho mensal desde novembro de 2023. O principal fator para a recuperação foi a expectativa de queda nas taxas de juros nos Estados Unidos a partir de setembro.
Fatores internos e externos interferiram no mercado nesta sexta-feira. No cenário internacional, o anúncio de que a inflação nos Estados Unidos foi de 0,2% em julho foi recebido com recepção mista. Embora o número tenha igualado o do mês anterior e tenha ficado dentro das expectativas, o aumento nos gastos dos consumidores complica os planos do Federal Reserve (Fed, Banco Central Norte-Americano) de reduzir as taxas de juros em setembro.
No cenário interno, o anúncio de que União, estados, municípios e empresas estatais tinham déficit primário de R$ 21,348 bilhões foi mal recebido. O resultado foi pior que a expectativa de R$ 6 bilhões, mas o déficit foi inflado pelos governos locais, que aumentaram os gastos antes das restrições impostas pelas eleições municipais.
*Com informações da Reuters
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