Por Pranav Kashyap e Lisa Pauline Mattackal
(Reuters) – As ações europeias atingiram um máximo histórico nesta sexta-feira, encerrando um mês turbulento com uma nota positiva, após uma queda significativa na inflação da zona do euro ter cimentado as expectativas do mercado para um corte nas taxas de juros em setembro.
O índice pan-europeu fechou com variação positiva de 0,09%, nos 525,05 pontos, acima dos 525 pontos pela primeira vez, depois de atingir um recorde intradiário de 526,66 pontos. O índice subiu 1,2% em agosto, subindo pelo segundo mês consecutivo.
A inflação da zona euro caiu para 2,2% em agosto, o ritmo mais lento desde julho de 2021, de acordo com a leitura preliminar do Eurostat e perto da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE).
Os dados confirmaram as expectativas existentes de que o BCE reduzirá as taxas na sua reunião de Setembro. O abrandamento dos dados de inflação nos Estados Unidos também melhorou o humor dos mercados, uma vez que esperam que a Reserva Federal também alivie a política monetária no próximo mês.
“Os mercados estão no meio-termo, precificando cortes nas taxas, mas não muitos, e rápidos, mas não muito urgentes”, disse Anders Svendsen, analista-chefe da Nordea Markets, referindo-se tanto ao Fed quanto ao BCE.
Melhores dados económicos e esperanças de cortes nas taxas de juro na Europa e nos EUA ajudaram as bolsas europeias a recuperar de uma liquidação massiva no início de Agosto, quando um declínio acentuado nas acções de tecnologia, a descontinuação do carry trade dos EUA e as preocupações sobre uma recessão nos EUA fez com que as ações globais caíssem.
Essa liquidação fez com que o STOXX 600 caísse para o mínimo de seis meses em 5 de agosto, mas desde então o índice subiu quase 10%. O índice de referência registou a sua quarta semana consecutiva de ganhos, a melhor sequência de ganhos semanais desde março.
Isabel Schnabel, membro do conselho do BCE, manteve a porta aberta a novos cortes nas taxas de juro, enquanto o seu colega François Villeroy de Galhau disse que o banco central seria “sensato” se reduzisse novamente os custos dos empréstimos em Setembro.
O setor imobiliário, mais sensível às taxas de juros, teve o melhor desempenho do dia, com alta de 1,4%, seguido de ganho de 0,8% no índice que acompanha as ações dos bancos.
Em LONDRES, o índice Financial Times caiu 0,04%, para 8.376,63 pontos.
Em FRANKFURT, o índice caiu 0,03%, para 18.906,92 pontos.
Em PARIS, o índice perdeu 0,13%, para 7.630,95 pontos.
Em MILÃO, o índice subiu 0,53%, para 34.372,67 pontos.
Em MADRID, o índice registou uma subida de 0,38%, nos 11.401,90 pontos.
Em LISBOA, o índice aumentou 0,69%, para 6.760,15 pontos.
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