A bolsa fechou em alta de 0,42%, aos 137.343 pontos – um novo recorde para a bolsa brasileira.
A sessão foi impulsionada pela força das ações da Petrobras e do Itaú, bem como pelas expectativas em torno das taxas de juros do país, principalmente após a nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência do BC (Banco Central).
O dólar teve alta firme de 0,96%, cotado a R$ 5,555, com investidores cautelosos diante de mais dados econômicos dos Estados Unidos para orientar as expectativas sobre a política monetária norte-americana.
Os acontecimentos internos do Brasil ganharam destaque nesta quarta-feira, em meio à agenda vazia no exterior.
No meio da tarde, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) anunciou que Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC, será o nome indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência da autoridade.
Se aprovado pelo Senado Federal, Galípolo assumirá o comando da instituição com a missão de conquistar a confiança do mercado financeiro, que teme um BC leniente no combate à inflação em 2025, quando o Copom (Comitê de Política Monetária) terá maioria de votos. membros indicados pelo Presidente Lula.
Ele sucederá Roberto Campos Neto, que dirige a instituição desde 2019 por indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cujo mandato termina em 31 de dezembro.
A nomeação de Galípolo já era bastante esperada pelo mercado. “Desde o ano passado, os agentes financeiros já trabalhavam com a hipótese de que ele estava à frente do BC, e desde então houve uma mudança na percepção que o mercado tem dele”, diz Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimento.
“Era esperado que Galípolo sucumbisse às pressões do governo, mas a postura mais dura no combate à inflação reduziu essa percepção. Acomodada essa expectativa, um nome diferente neste momento poderia trazer desconfianças desnecessárias.”
A Bolsa, que passou grande parte do pregão oscilando entre sinais, subiu após o anúncio, também em meio à alta das ações do Itaú (+2,41%) e da Petrobras (2,34%).
O dólar, por sua vez, acelerou os ganhos, embora o movimento de alta tenha sido generalizado no exterior.
No mercado futuro de juros, as taxas subiram de forma constante após o anúncio, intensificando as apostas de que o município aumentará a Selic, atualmente em 10,50% ano a ano, na próxima reunião, em setembro.
A taxa contratual para janeiro de 2025, por exemplo, atingiu a máxima de 10,94% às 15h49, logo após o anúncio, um aumento de 0,06 ponto percentual em relação ao reajuste anterior.
A reação da curva brasileira refletiu a percepção de que aumentaram as chances de a taxa Selic subir em setembro – ainda que Galípolo só assuma o comando do BC em 2025. Isso porque o diretor, em suas falas mais recentes, reforçou que o Copom (Comitê de Política Monetária) aumentará a alíquota básica se necessário.
Uma das avaliações é que a alta da taxa Selic em setembro poderá trazer credibilidade ao Galípolo e à diretoria que comandará o BC a partir de 2025.
Perto do fechamento, a curva refletiu a percepção de que o BC poderia até iniciar um ciclo de aumento da Selic com alta de 0,5 ponto percentual em setembro. Precificou uma probabilidade de 69% de um aumento de 0,25 pontos e uma chance de 31% de um aumento de 0,50 pontos.
Na véspera, quando só havia expectativa pela indicação de Galípolo, os percentuais eram de 95% e 5%, respectivamente.
O resto da agenda do dia ficou em segundo plano. Em palestra na conferência anual do Banco Santander, Roberto Campos Neto disse que os dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) de agosto, divulgados nesta quarta, foram melhores que os números anteriores, mas não dão “conforto” para o BC na luta contra o aumento dos preços.
O indicador, considerado uma “prévia” da inflação oficial do país, medida pelo IPCA, desacelerou em agosto para 0,19%, em linha com o que os economistas esperavam. Em 12 meses, a inflação foi de 4,35%, um pouco abaixo do teto da meta do BC, de 4,5%.
Ao analisar o cenário, Campos Neto afirmou que há uma desancoragem adicional nas expectativas de inflação e reiterou que o BC “fará o que for preciso para atingir a meta” de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima. e para baixo.
No exterior, os mercados adotaram cautela antes de receber mais dados sobre a economia dos Estados Unidos, dadas as expectativas em torno das decisões do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA).
Num discurso no simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira, Jerome Powell, presidente da autoridade monetária, afirmou que “chegou a hora” de reduzir as taxas de juro, confirmando as apostas de que o ciclo de flexibilização provavelmente começará na próxima reunião da autoridade.
Tanto o Fed quanto o Copom se reunirão nos dias 17 e 18 de setembro.
Agora, os investidores aguardam a divulgação de um novo conjunto de dados económicos para calibrar as expectativas em torno da dimensão da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 65,5% dos traders veem probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 34,5% apostam na magnitude mais alta, de 0,50 ponto.
A principal divulgação da semana acontece na sexta-feira com o relatório do índice PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, os dados do PIB (Produto Interno Bruto) podem indicar a temperatura da economia americana.
Na agenda desta quarta-feira, destaque para a divulgação do balanço da Nvidia, após o fechamento dos mercados. “Sendo a empresa mais influente no mercado acionário global, qualquer desvio das projeções poderá causar volatilidade substancial, especialmente considerando o peso significativo da Nvidia nos índices dos Estados Unidos”, afirmam economistas da Guide Investimentos em nota aos clientes.
“Os investidores estão se preparando para grandes flutuações no preço das ações da empresa, com os indicadores do mercado de opções sugerindo um possível movimento de 10% em qualquer direção após a divulgação dos lucros.”
*Informações da Folhapress
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