O Ministério da Previdência Social trabalha em mudanças para melhorar a concessão do auxílio-doença por meio da análise de atestados médicos, conhecido como Atestmed.
Segundo o secretário do Regime Geral da Segurança Social, Adroaldo Portal, os cortes devem ser implementados no prazo máximo de concessão, que atualmente é de 180 dias, dependendo do tipo de segurado e do tipo de doença.
Portal afirmou que, historicamente, quem passa mais tempo recebendo auxílio-doença é quem está desempregado, pois, findo o período do benefício, entrará em situação de vulnerabilidade.
Da mesma forma, o prazo para quem trabalha por conta própria costuma ser maior do que para quem tem carteira assinada. A ideia, então, é que o prazo máximo de concessão seja flexibilizado de acordo com faixa etária, “qualidade do segurado” e tipo de doença.
— Não é uma ferramenta perfeita que será implementada para sempre, está em fase de melhorias. Estamos realizando avaliações de faixas etárias e segurados. Em breve, estabeleceremos limites de tempo para determinados tipos de doenças e determinados tipos de trabalho — disse.
— Vamos tentar trazer todos para o objetivo do auxílio-doença, que é um benefício de curtíssimo prazo.
Essas medidas, porém, ainda não constam na previsão de economia com pente fino no INSS no próximo ano, de R$ 10,5 bilhões, dos quais R$ 6,2 bilhões são da Atestmed. Cada revisão de gastos prevista para o próximo ano deverá ajudar o governo a economizar R$ 25,9 bilhões.
O secretário também rebateu as críticas de que o sistema aumenta o número de fraudes na concessão do benefício.
— O percentual de subvenção Atestmed é inferior a 80%, e a experiência presencial sempre foi historicamente de 85% em benefícios por invalidez. Portanto, nem sequer estamos a conceder mais do que foi concedido. Estamos concedendo mais rápido e mais barato.
Na avaliação dele, o crescimento de 50% nas concessões está relacionado a dois fatores: a redução da fila existente pela demora na análise presencial e o atraso ocorrido por conta de mudanças feitas durante o governo Michel Temer.
Ele explicou que, quando o benefício demora para ser analisado, apenas é feita uma concessão com o valor de todo o período que o segurado estava aguardando. Se houve espera de um ano, o beneficiário receberá o valor do benefício de um ano de uma só vez.
— Além disso, passamos anos retendo benefícios por doença. Isso fez com que as pessoas parassem de fazer pedidos e voltassem ao trabalho. A barragem de análise realizou uma depreciação da ferramenta. À medida que você se torna ágil e eficiente, mais pessoas que não faziam pedidos começarão a pedir novamente.
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