Os Correios já pagaram R$ 220 milhões para resolver um rombo de R$ 7,6 bilhões no fundo de pensão dos funcionários da estatal Postalis. Os pagamentos foram efetuados em decorrência de acordo firmado entre a empresa e o fundo em 2020 e implementado no final de 2023.
Os pagamentos serão feitos em parcelas mensais de cerca de R$ 30 milhões ao longo de 30 anos.
“O reconhecimento da obrigação e o pagamento da liquidação deveriam ter sido feitos em 2020, quando a empresa teve lucros recordes devido ao aumento excepcional e sem precedentes no volume de pedidos devido à pandemia”, disse a empresa em nota.
“Ao não efetuar o pagamento, o governo anterior conseguiu anunciar lucro, ao mesmo tempo que repassou o problema para futuras administrações”, continuou.
O déficit total do Postalis é de R$ 15 bilhões e foi dividido entre o patrocinador (Correios) e os patrocinados (funcionários de empresas estatais) em acordo mediado pela Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), órgão que regula o mercado para previdência privada.
Funcionários, aposentados e pensionistas do Postalis contam com descontos nos valores recebidos além da rescisão de alguns benefícios.
O vazamento tem diversas causas. Os investimentos realizados entre 2011 e 2016, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, foram o principal motivo. A perda com investimentos corresponde a 61% do total, cerca de R$ 9 bilhões em valores corrigidos pela inflação.
Parte dos investimentos foi investigada na Operação Greenfield, que apurou fraudes em fundos de pensão.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, entre os investimentos deficitários estão títulos de dívida pública da Venezuela e da Argentina, adquiridos por meio de um fundo cujo único acionista era o Postalis e administrado pelo banco BNY Mellon.
A instituição financeira norte-americana está a ser processada pela Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios, Telégrafos e Similares), que pretende recuperar parte dos valores perdidos. A intenção é recuperar cerca de R$ 12 bilhões que o banco teria gerado para os participantes dos fundos de pensão.
Se conseguir recuperar valores, eles serão utilizados para cobrir parte do défice do Postalis
O caso também foi investigado pela CPI dos Fundos de Pensão, da Câmara dos Deputados. Em depoimento à comissão, o presidente do BNY Mellon para a América Latina admitiu a fraude e culpou uma corretora contratada pela instituição.
O relatório final da CPI apontou que além de investimentos duvidosos, também eram cobradas taxas excessivas para realizar operações com recursos do Postalis.
*Informações da Folhapress
empréstimo consignado para servidor público municipal
emprestimo para bpc ja esta liberado
simulação de empréstimo no bradesco
empréstimos itau simulador
melhores bancos emprestimo
quitar emprestimo caixa
taxa de juros do emprestimo consignado banco do brasil