Fiepe criará fórum permanente para discutir infraestrutura

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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Bruno Veloso, e o superintendente, Israel Erlich, visitaram a Folha de Pernambuco, ontem (21), onde foram recebidos pelo presidente do Grupo EQM e fundador da Folha de Pernambuco, Eduardo de Queiroz Monteiro.

“O presidente Bruno tem uma história na Federação, que é a instituição mais importante do Estado de Pernambuco. Essa visita ilustra a Folha de Pernambuco”, disse Eduardo de Queiroz Monteiro.

Também estiveram presentes o empresário Eduardo Barbosa; o Diretor Executivo da Folha de Pernambuco, Paulo Pugliesi; Diretora Administrativa Mariana Costa; o assessor especial da Presidência do Grupo EQM, Joni Ramos; a editora-chefe da Folha de Pernambuco, Leusa Santos; a editora de Política e Economia, Carol Brito, e o vice-editor Pupi Rosenthal.

Temas

Durante a visita, Bruno Veloso anunciou que a Fiepe iniciará um fórum permanente no qual serão discutidos temas relevantes para a indústria pernambucana, especialmente aqueles ligados à infraestrutura. Entre os assuntos que serão discutidos estão os empreendimentos do trecho Salgueiro-Suape da Transnordestina, o Arco Metropolitano, água, energia e o Porto de Suape, para citar alguns. O primeiro fórum será ainda este ano.

Investimentos

Para o presidente da Fiepe, Pernambuco tem que ser um estado capaz de atrair investimentos e a infraestrutura é básica. “Quando você tem, digamos, uma forma de transportar a produção, com estradas melhores, você pode conseguir um transporte melhor. No caso da energia, apesar do Nordeste ser exportador, geramos energia, mas nem todos os locais têm transmissão adequada”, esclareceu.

Segundo ele, é transmitida uma tensão alta, mas em alguns locais, para ligar uma máquina, é necessária uma tensão adequada. “Quando falamos de energia de qualidade, estamos a falar de como ela precisa chegar à máquina com as especificações que têm de ser feitas, com a quantidade e tensão adequadas”, acrescentou.

Arco

Quanto ao Arco Metropolitano, Veloso disse que este é um projeto que vem sendo discutido há 30 anos. “Não há como ficar falando de um trabalho tão prioritário há três décadas. Isso é algo impensável. Não podemos mais viajar dentro da RMR adequadamente. De um canto a outro, você passa uma manhã inteira. Isso é um gasto, um desperdício de recursos”, afirmou.

Explicou ainda que o troço sul, que é pequeno, tendo em conta o total da obra do Arco Metropolitano, está em licitação. “Ainda estamos discutindo qual deve ser o caminho. Se todos são a favor da solução do problema, por que ele não pode ser resolvido? Que força tem alguém que tem algo contra e pode bloquear a opinião de 90% das pessoas? Fica preso”, disse ele.

Segundo ele, o trecho Sul será entregue em 2026. “Tenho conversado com secretários, acompanhando como anda o processo. E a cada momento: ‘vai ser licitado, vai ser licitado’”. O prazo do trecho é de 24 meses, mas ele acha que pode ser reduzido para 18. “Tem que começar em 2025, porque senão não acaba. A seção norte ainda está em discussão.”

Transnordestina

Quanto ao trecho Salgueiro-Suape da Transnordestina, Bruno lembrou os R$ 450 milhões obtidos por meio de mobilização que incluiu Fiepe, deputados, senadores e governo do estado.

“Para quem precisa de R$ 5 bilhões (valor total), R$ 450 milhões é menos de 10%, mas não podíamos esperar dez anos para terminar a Transnordestina, mas veio do zero, da inércia, alguma coisa já estava lá”, ele explicou.

Pernambuco, disse ele, tem argumento para buscar mais recursos para a obra. “Acho que é uma posição muito confortável, por exemplo, para o governo federal, com recursos escassos e muitas solicitações, e você fala: ‘olha, temos que liberar dinheiro para o trecho Salgueiro-Suape da Transnordestina, mas a licitação ainda está em andamento ‘”, acrescentou.