Por Gabriel Araújo
SÃO PAULO (Reuters) – O Banco Central deverá manter a taxa básica de juros inalterada até o final deste ano em 10,50%, nível suficientemente restritivo para combater a inflação, previu o Interbanco nesta quarta-feira, contrariando as apostas prevalecentes do mercado.
Os juros futuros apostam em 80% de chance de o BC elevar a Selic em 0,25 ponto percentual na próxima reunião, nos dias 17 e 18 de setembro, enquanto as autoridades monetárias buscam levar a inflação para a meta de 3%.
Os 20% restantes indicam que as taxas permanecerão constantes.
O crescimento das apostas em alta ocorreu após declarações de membros do Comitê de Política Monetária indicando que a autoridade monetária “aumentará as taxas se necessário” para combater a inflação, apesar de declarações mais brandas do presidente do BC, Roberto Campos Neto, na terça-feira, com destaque para uma melhora no cenário externo, contribuiu para conter as apostas em um corte mais agressivo de 0,50 ponto.
A inflação está atualmente em 4,5% em 12 meses.
“Não vemos base para esse aumento no momento”, disse a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, à Reuters. “Consideramos o nível da Selic hoje bastante restritivo, quando olhamos o horizonte relevante para a política monetária.”
Economistas consultados semanalmente pelo Banco Central ainda preveem que a taxa Selic será mantida em 10,50% até o final de 2024, mas algumas das principais instituições financeiras revisaram suas projeções esta semana, passando a prever aumento da taxa básica de juros.
XP (BVMF:), BTG Pactual (BVMF:) e ASA estão entre os que preveem um ciclo de aperto a partir de setembro, com alta de 0,25 ponto percentual seguido de outros aumentos que levariam os juros a 12% até janeiro de 2025.
Mas Vitória, que acredita que a Selic encerrará 2025 em 9,5%, discorda da forma como os mercados interpretaram os comentários recentes das autoridades do BC.
“Nosso entendimento é que o fato de haver a opção de aumentar os juros não significa que os juros vão subir”, disse Vitória.
Ela reconheceu, porém, que as chances de aumento da taxa aumentaram a ponto de o BC poder acabar seguindo as indicações do mercado caso as apostas atuais se consolidem. “O Banco Central pode cair nessa armadilha e acabar seguindo o mercado e aumentando os juros, o que não concordamos, não achamos necessário, mas entendemos que isso é um risco”, disse o economista .
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