O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípoloreforçou nesta segunda-feira, 19, que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deixou claro que a liderança da instituição depende de novas informações econômicas para tomar sua decisão sobre os rumos da Selic.
A próxima reunião será em setembro.
“A ata do Copom deixa bem claro que dependemos de dados. Há uma lista de dados que serão publicados até lá. E vamos para a próxima reunião com alternativas em aberto”, afirmou o diretor, participando de uma reunião evento em Belo Horizonte.
Galípolo voltou a dizer que o grupo tem vivido nos últimos 120 dias um cenário de passagem de um ciclo de corte para outras alternativas, que já comentou anteriormente e que inclui até a possibilidade de subida das taxas de juro.
“Acho que a possibilidade foi levantada hoje, mas acho muito importante a gente reafirmar: estamos a quatro semanas da próxima reunião do Copom. Não quero passar aqui a ideia de que, de alguma forma, a minha comunicação difere do que estava escrito na ata do Copom”, enfatizou o diretor do BC.
Ele disse que seria um erro tentar antecipar o que o Copom fará com base em uma variável. E o BC está sempre em condições de não correr riscos, de não ser pego de surpresa.
“Tivemos mudanças de cenário muito abruptas. O cenário está aberto para a próxima reunião. Vamos observar IPCA, IPCA-15, Caged, Pnad, PIB, aí, o discurso do próprio presidente do Federal Reserve.”
Além disso, comentou que as recentes mudanças nos cenários econômicos globais e nacionais levaram a uma mudança nas perspectivas para a taxa de juros nos próximos meses.
Ele citou o adiamento do início do ciclo de juros baixos nos Estados Unidos, a piora das perspectivas para a inflação no Brasil e a melhora nos indicadores de crescimento do PIB. “Essa piora por si só já cria um transtorno muito significativo para o Banco Central”, disse.
Ele também mencionou a “redução marginal” nas projeções de mercado para o IPCA de 2025, desta segunda-feira na pesquisa Focus do Banco Central.
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