A produção brasileira de cloro no primeiro trimestre de 2024 totalizou 286 mil toneladas, o que representa um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. A produção de soda cáustica – realizada paralelamente à de cloro – foi de 314 mil toneladas, volume 10% superior no mesmo intervalo, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclo).
A entidade, que representa 98% das indústrias brasileiras do setor, informou que o consumo cativo de cloro – quando o produto é utilizado pelo próprio setor para a produção de outros materiais, como o PVC, principalmente – foi de 260,8 mil toneladas no primeiro trimestre. , valor 9,7% superior em relação ao mesmo período de 2023. No mesmo intervalo comparativo, as vendas de soda cáustica aumentaram 8,3%.
O cloro produzido foi utilizado em maior escala para a produção de dicloroetano (precursor do PVC), ácido clorídrico (utilizado nas indústrias alimentícia, celulose e metalúrgica) e hipoclorito de sódio (lixívia). Os três compostos têm finalidades diferentes, incluindo principalmente limpeza e desinfecção.
Apesar do avanço da produção, o nível de utilização da capacidade instalada do setor nos primeiros três meses foi de 72%, número considerado abaixo dos índices desejáveis. O consumo interno de cloro, por sua vez, aumentou 15% no primeiro trimestre de 2024, atingindo 409,6 mil toneladas, devido à crescente produção de PVC e ao aumento dos estoques dos produtores.
Apesar do aumento da produção e do consumo interno, o Brasil continua enfrentando desafios relacionados às importações. A Abiclor destaca que houve um aumento robusto na entrada de PVC e EDC (dicloroetano) estrangeiros no mercado interno.
Para o presidente da Abiclor, Milton Rego, a entrada de importações deverá afetar negativamente o crescimento da produção nacional. Na leitura do executivo, a produção nacional deverá aumentar cerca de 4% até ao final do ano, embora tenha feito a ressalva de que as projeções da entidade não estão fechadas.
“A projeção do mercado de PVC no Brasil continuará crescendo em 2024, impulsionado pelos programas de incentivo à construção civil e pela crescente demanda global por esse material. Porém, nossa indústria, apesar de operar com altos índices de ociosidade, não consegue crescer devido à concorrência de produtos importados que não são produzidos em igualdade de condições”, afirmou o executivo.
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