Diferentes setores do turismo se unem para criar roteiros alinhados à agenda climática, em Belém, no Pará, com a combinação de experiências de imersão na floresta, gastronomia regional e valorização de sistemas de produção sustentáveis.
A ideia das iniciativas é aproveitar as oportunidades trazidas pelo turismo sustentável, como atrair investimentos e aumentar a competitividade, e também superar os desafios de coordenação entre os atores participantes das duas agendas.
O empresário do setor de hospedagem, Parys Fonseca, criou um modelo de negócio que combina a experiência de imersão na floresta amazônica com hospedagem sustentável.
A partir de uma consulta ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no Pará, ele conheceu uma estrutura modular reciclável, que além de causar menor impacto ambiental com menor custo, também mantém a temperatura ambiente estável, sem a necessidade de uso artificial. refrigeração.
“O processo de instalação foi muito rápido, em duas semanas já estava alugando para hospedagem. E achei mais interessante, porque o trabalho ficou mais simples, o módulo se adapta ao ambiente e também é termoacústico”, conta.
Localizado na Ilha de Murucutu, uma das 42 que compõem o território da capital paraense, o empreendimento Parys consegue oferecer aos visitantes não apenas a oportunidade de dormir imerso na floresta amazônica, mas também experiências gastronômicas com produtos regionais oriundos da agricultura sustentável. cadeia produtiva existente na região.
“O próximo passo é também criar um roteiro para que o turista conheça a cadeia produtiva do palmito do açaí, assim como já existe a cadeia produtiva do cacau na Ilha do Combu. E o Sebrae está me dando essa capacitação, esse apoio de gestão e tem sido fundamental para os moradores, ribeirinhos e empresários da região”, afirma.
Segundo o diretor superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, a escolha de Belém como sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em 2025, adiantou o alinhamento de agendas na região.
“O evento destacou a importância da Amazônia e incentivou discussões sobre práticas sustentáveis e adaptação às mudanças climáticas. Isto gerou uma maior consciência entre empresários e gestores públicos sobre a necessidade de integrar a sustentabilidade nas atividades turísticas, promovendo um modelo de turismo mais responsável e alinhado com os objetivos climáticos globais.”
A articulação entre esses diferentes atores do turismo e da sustentabilidade e uma agenda climática clara para o setor foram desafios destacados em diagnóstico elaborado pela Câmara Temática de Sustentabilidade e Ações Climáticas do Conselho Nacional de Turismo (CNT), na construção do Plano de Adaptação Climática para Turismo.
Por outro lado, o turismo sustentável também traz oportunidades destacadas no documento, como oportunidades de parcerias atraídas pela lógica ganha-ganha e a possibilidade de agregar valor aos destinos.
O diagnóstico foi uma das ferramentas que embasaram o Plano Nacional de Turismo para o quadriênio 2024-2027, publicado nesta terça-feira (13), no Diário Oficial da União.
Além de estabelecer as diretrizes para ações que visam tornar o Brasil “o país que mais recebe turistas na América do Sul até 2027”, traz também os princípios que norteiam suas ações, como cooperação, inserção produtiva de pessoas, regionalização, digital transformação e sustentabilidade.
Segundo o Ministério do Turismo, esses princípios estarão presentes em todos os 20 programas previstos no plano e que foram apresentados durante a 8ª edição do Salão de Turismo: Descubra o Brasil, no Rio de Janeiro.
Metas
A expectativa é que a política pública no Brasil possa aumentar o número de municípios turísticos no país de 312 para 400 e também aumentar os empregos no setor, o número de viagens dos brasileiros e também o turismo estrangeiro no país, além de aumentar a receita gerado por visitantes internacionais ao Brasil de US$ 6,6 a US$ 8,1 bilhões por ano.
“Todo esse trabalho será fundamental para posicionar o Brasil entre os principais líderes na promoção do turismo sustentável, com baixo impacto ambiental e responsabilidade social”, declarou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
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