O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que uma reunião no Palácio do Planalto, na noite desta segunda-feira, 12, selou o entendimento do governo em relação ao projeto de desoneração da folha de pagamento.
Participantes do encontro, além de Wagner e do presidente Luiz Inácio Lula da Silvaos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e o secretário executivo de Finanças, Dario Durigan.
Nessa reunião, ficou decidido, segundo Wagner, que o governo concordará em manter qualquer menção a aumento de impostos fora do relatório do projeto de isenção.
No mês passado, diante do impasse entre governo e Congresso, o Tesouro sugeriu incluir um gatilho para que, caso as medidas apresentadas pelo Senado não fossem suficientes para cobrir a lacuna deixada pela isenção, houvesse aumento da CSLL a título de compensação .
“O martelo foi batido ontem com todo mundo (do governo) à mesa (para que a CSLL fique de fora)”, disse Wagner.
Outro ponto definido na reunião de Lula com os ministros e Wagner foi acelerar as medidas compensatórias propostas pelo Senado por meio de medidas provisórias e decretos. O senador disse que “o martelo foi batido” para que essas sugestões do Congresso fossem aplicadas “para ontem”.
“Já solicitei ao Tesouro que implemente todos os projetos sugeridos no relatório o mais rápido possível, não há necessidade de esperar aprovação. Se depender de medida provisória, publique. “, disse ele.
Wagner disse não saber “em detalhes” quais medidas dependeriam de MPs e quais dependeriam de decretos ou portarias, mas que esse levantamento seria feito pela equipe técnica do governo. “Tudo o que for necessário fazer do ponto de vista da legalidade será feito”, acrescentou.
Wagner disse que seu relatório conterá um pente fino dos programas sociais e do INSS, além das medidas sugeridas pelo Senado (recargas de multas de agências reguladoras, repatriação de recursos retidos no exterior, atualização de ativos do Imposto de Renda, utilização de esquecimento de depósitos judiciais, tributação de importações abaixo de US$ 50, entre outros).
Estas propostas servirão apenas para colmatar a lacuna em 2024. “Quem tiver que preparar a compensação para 2025 será através do Orçamento do próximo ano, é outra altura”, explicou.
“Entendo que, como relator, estou cumprindo a determinação do Supremo Tribunal Federal, colocando as indenizações. Obviamente, alguém poderia dizer lá na frente que a arrecadação não foi recolhida, que foi a discussão que tivemos durante três meses. vamos sair dessa”, disse o líder do governo.
O petista argumentou que a discussão se prolongou por mais tempo do que o necessário. “Para mim, já foi muito esticado, estamos discutindo isso há muito tempo. Mas acho que o martelo bateu agora”, disse ele.
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