Altos representantes do Mercosul e da China retomaram as negociações nesta segunda-feira (12) com o objetivo de aprofundar o relacionamento, em encontro promovido pelo Uruguai, atual presidente pro tempore do bloco sul-americano e entusiasta de um acordo de livre comércio (TLC) com a Ásia gigante.
Seis anos após a última reunião, também realizada em Montevidéu, a VII Rodada do Mecanismo de Diálogo entre Mercosul e China foi liderada pelo Subsecretário de Relações Exteriores do Uruguai, Nicolás Albertoni.
Em declarações aos jornalistas, Albertoni disse que a China se comprometeu a apresentar um projecto de plano nos próximos meses “para o que chamou de fortalecimento do diálogo”.
“Embora o acesso aos mercados esteja no horizonte”, a questão comercial gera posições diferentes entre os países, razão pela qual a China propôs uma lógica de “avançar em questões de sensibilidade decrescente”, explicou o vice-chanceler uruguaio.
Participaram da reunião delegados de igual categoria dos quatro países fundadores do Mercosul: Leopoldo Shaores (Argentina), Maria Laura da Rocha (Brasil) e Patricia Frutos (Paraguai), além da vice-chanceler chinesa Hua Chunying.
“Sabemos que há uns que querem esperar mais, outros que, como nós, querem avançar amanhã, e o que interpretamos do lado chinês é um caminho do meio com o qual estamos muito satisfeitos”, assegurou.
“O diálogo de hoje [segunda-feira] Não é um passo menor”, enfatizou Albertoni.
O Uruguai insistiu que o Mercosul alcançasse um ALC com a China e até iniciou conversações bilaterais com Pequim.
Isto tem causado tensões dentro do bloco regional, que ainda não conseguiu concluir o acordo com a União Europeia que negocia há mais de duas décadas.
O objetivo não é fácil de alcançar: o Paraguai não mantém relações com a China, pois reconhece Taiwan, algo que Pequim não tolera.
Albertoni disse que este tema foi “efetivamente sobre a mesa” na segunda-feira, mas “num ambiente absolutamente respeitoso” e “não” como um obstáculo.
“Tudo o que foi discutido foi o copo cheio, ou seja, o que nos une”, destacou.
Fundado em 1991, o Mercosul é o principal receptor de investimentos estrangeiros na América do Sul e tem um PIB de 2,86 trilhões de dólares.
No último semestre de 2023, a China foi o principal destino das exportações e importações do Mercosul, segundo o mais recente relatório estatístico da secretaria do bloco.
O Mecanismo de Diálogo entre Mercosul e China teve sua primeira reunião em 1997, e outras ocorreram em 1998, 2000, 2003, 2004 e 2018.
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