Ainda não houve resposta do governo federal ao pedido da Anfavea, associação que representa as montadoras no país, quanto ao aumento imediato dos impostos de importação de carros híbridos e elétricos, informou nesta quarta-feira o presidente da entidade, Márcio. de Lima Leite, durante apresentação dos dados setoriais do mês de julho.
Reconheceu que esta não é uma questão tão simples, e que envolve vários ministérios e órgãos do governo, mas reforçou que a expectativa é que o pedido seja tratado “da melhor forma possível”.
No final de junho, a Anfavea solicitou ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) a antecipação do aumento do imposto de importação de veículos elétricos e híbridos, atualmente de 25% para 35%. Pelo cronograma original, a alíquota subiria gradativamente até atingir 35% em julho de 2026.
No mês de julho, as importações de veículos totalizaram 41 mil unidades, superando mais uma vez as exportações do período, que totalizaram 39,1 mil veículos. Na comparação com junho, as importações cresceram 7,0%, enquanto as exportações expandiram 35,0%.
Em relação às importações, Lima mencionou, durante a coletiva de imprensa, o crescimento da participação do mercado chinês nas vendas de veículos ao Brasil. Segundo a Anfavea, foram importadas da China 62 mil unidades no ano até agora, das quais cerca de 59 mil são veículos elétricos ou híbridos.
Em relação às exportações, apesar do número positivo do mês, houve queda de 21,7% nos embarques totais de janeiro a julho, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a associação.
Entre os impulsionadores das exportações de julho, o presidente da Anfavea destacou o crescimento das vendas para a Argentina no período. “Houve uma reação muito importante do mercado interno argentino. Já havíamos previsto que seria um primeiro semestre mais difícil, devido à aprovação de medidas pelo governo Javier Milei”, explicou Leite.
Licenciamento
Em relação ao mercado interno, o presidente da Anfavea destacou que o bom momento de vendas continua refletindo a melhora nas condições de crédito. O licenciamento de veículos atingiu 1,385 milhão de janeiro a julho, um aumento de 13,2% em relação ao ano passado.
Leite avalia que esse bom momento é tendência para o segundo semestre, apesar da interrupção do ciclo de cortes da taxa básica de juros, a Selic. “Sim, é uma tendência. A queda no custo do crédito está combinada com a maior oferta de crédito ao consumidor. E não há, neste momento, aumento da taxa Selic, o que vemos é uma desaceleração na queda no custo do crédito”, destacou Lima.
Quarto do carro
Durante a coletiva de imprensa, o presidente da Anfavea reforçou mais uma vez o desejo da associação em retomar a realização do Salão do Automóvel. A última edição do evento aconteceu em 2018 e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já pediu publicamente o retorno do encontro.
Segundo Leite, a Anfavea continua realizando estudos para viabilizar uma nova edição do Salão do Automóvel, mas, até o momento, há problemas de enquadramento na agenda de locação de espaços. Ele mencionou, por exemplo, que o pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo, “está no radar”, mas que, por enquanto, não há datas disponíveis para o segundo semestre deste ano ou o primeiro semestre de 2025.
“E é importante que a data do Salão do Automóvel coincida com a agenda de notícias do setor. De nada adianta realizar o evento se o setor não puder apresentar as principais novidades”, frisou.
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