Por Letícia Fucuchima
SÃO PAULO (Reuters) – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta terça-feira que aprovou 601 solicitações de geradores renováveis, totalizando 25,5 gigawatts (GW) de potência, que buscaram estender benefícios aos seus projetos aderindo à medida provisória 1.212 editada pelo governo este ano.
Esses empreendimentos validados na B3 (BVMF:) garantem aportes em valor superior a 4,5 bilhões de reais, disse a Aneel à Reuters, sinal de que as geradoras estão realmente empenhadas em fazer as usinas decolarem nos prazos estabelecidos pela MP, que estabelece 18 meses para início das obras e entrada em operação comercial no prazo de 36 meses.
No total, o regulador recebeu 2.035 pedidos de empresários interessados em prorrogar os prazos de entrada em funcionamento dos seus projectos e em manter descontos de pelo menos 50% nas tarifas de utilização dos sistemas de transmissão e distribuição de energia.
Segundo a Aneel, 1.429 pedidos foram indeferidos e 5 foram aprovados sub judice, pois algumas usinas entraram com ações judiciais para garantir inicialmente os benefícios da MP 1.212 mesmo sem terem cumprido todos os requisitos.
A MP 1.212 foi editada pelo governo este ano sob a justificativa de que diversos projetos renováveis não conseguiram decolar nos últimos anos por falta de infraestrutura de transmissão. A ideia, segundo o Ministério de Minas e Energia, é ampliar os prazos dessas usinas para “compatibilizar” a construção das usinas com as novas linhas leiloadas nos últimos anos.
Publicada em abril, a MP nunca foi votada pelo Congresso para ser transformada em lei e expira esta semana. Apesar disso, há o entendimento de que os procedimentos realizados durante o seu prazo de vigência não serão anulados.
A medida recebeu críticas de agentes do setor elétrico, que consideram desnecessária a extensão dos subsídios às fontes renováveis. Grandes projetos eólicos, solares e de biomassa, somados à geração solar distribuída, já representam a maior parte dos subsídios que aumentam a conta de luz dos consumidores.
O lançamento de novas grandes usinas renováveis no Brasil tem sido dificultado pelo cenário de excesso de oferta doméstica de energia, devido ao lento crescimento da carga, e à tendência de baixos preços de energia combinados com custos mais elevados de construção e financiamento de projetos.
O Estado que teve o maior número de usinas homologadas pela Aneel para aderir à MP 1.212 foi a Bahia, com 232 usinas (152 eólicas e 80 solares), seguida pelo Rio Grande do Norte, com 69 (38 eólicas e 31 solares) e Minas Gerais , com 65 usinas (8 eólicas e 54 solares).
A Aneel destacou ainda que conseguiu atender a todas as solicitações da MP 1.212 por meio de um esforço coletivo de suas equipes, em meio à mobilização dos empregados por melhores condições de trabalho, o que tem retardado os processos.
(Por Letícia Fucuchima)
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