A criação de emprego no trimestre até junho foi impulsionado pelos setores de comércio, serviços às empresas e famílias e setor público, com destaque para a educação pública, disse, nesta quarta-feira (31), o coordenador da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Continuum IBGE, Adriana Beringuy.
No período, o país criou 1,63 milhão de empregos. Beringuy lembrou que a melhoria do mercado de trabalho, com uma queda da taxa de desemprego que atingiu 6,9% em junho, já reflete um cenário económico que vai além da recuperação da pandemia de Covid-19.
“Já temos um mercado de trabalho que responde não só a um processo de recuperação pós-pandemia, mas também a medidas macroeconómicas e a um processo inflacionista (queda) que favorecem a atividade económica e a criação de emprego”, afirmou.
Segundo o especialista, o país já vive um ciclo virtuoso de aumento do emprego que leva ao aumento do rendimento da população, o que lhe permite gastar mais em bens e serviços, criando a procura necessária para abrir mais empregos.
“É um mercado de trabalho que tem respondido bem à melhoria do quadro geral das atividades económicas”, afirmou.
Paralelamente, Beringuy aponta um efeito sazonal positivo sobre o emprego no segundo trimestre, quando as contratações são retomadas após as demissões de trabalhadores temporários convocadas no final do ano e que marcam os primeiros trimestres em geral, além, por exemplo, das demissões temporárias contratos do setor. público, como é o caso do ensino fundamental.
Números
Esse movimento pendular do emprego na administração pública, especialmente no ensino fundamental, reflete o aumento de 4,8% no número de empregados do setor, que saltou de 17,72 milhões para 18,57 milhões entre o primeiro e o segundo trimestre do ano, aumento de 852 mil empregados, o maior entre as atividades pesquisadas pelo IBGE.
O segundo maior crescimento de empregos foi verificado na atividade de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com aumento de 1,5% em três meses, o que representou mais 283 mil vagas, totalizando 19,26 milhões de empregados em junho.
O mesmo aconteceu com o conjunto de atividades composto por atividades de informação, comunicação, financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que viu o número de colaboradores aumentar 1,9% no período para 12,92 milhões de colaboradores, mais 247 mil pessoas.
A lista é completada pelo setor da construção civil, que gerou 127 mil empregos entre abril e junho, um aumento de 1,7% para 7,5 milhões de empregados em relação a março.
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