Os investidores preparam-se para uma semana chave, com os bancos centrais dos Estados Unidos, Japão e Reino Unido a reverem as suas taxas de empréstimo, potencialmente perturbando os mercados financeiros globais. Nos EUA, a Reserva Federal conclui a sua reunião de política monetária de Julho na quarta-feira, com os participantes do mercado a anteciparem sinais de preocupação económica. A probabilidade de um corte nas taxas em Setembro por parte da Fed é elevada, com os futuros vinculados à taxa dos fundos da Fed a indicarem uma probabilidade superior a 90%, na sequência do arrefecimento da inflação e de um abrandamento do mercado de trabalho.
Os números do emprego nos EUA, previstos para 2 de Agosto, deverão mostrar 185.000 empregos criados em Julho, abaixo dos 206.000 empregos do mês anterior. Estes dados fornecerão mais informações sobre o estado da economia dos EUA e a direção potencial da política monetária.
No sector da tecnologia, o sentimento dos investidores está em alta, à medida que as principais empresas tecnológicas dos EUA se preparam para divulgar lucros. A Microsoft (NASDAQ:) está agendada para terça-feira, seguida pela Meta na quarta-feira e pela Apple (NASDAQ:) e Amazon (NASDAQ:) na quinta-feira. A recente turbulência do mercado, exacerbada por resultados decepcionantes no sector da tecnologia, aumentou a sensibilidade a estes próximos relatórios. Por exemplo, as ações da Alphabet caíram 5%, apesar de reportarem receitas melhores do que o esperado, à medida que se consolidaram as preocupações com o aumento dos gastos em infraestruturas de IA, possivelmente com impacto nas margens de lucro.
A reunião de política monetária do Banco do Japão na quarta-feira também está no centro das atenções, com algumas especulações sobre um possível aumento das taxas. Embora o iene tenha se fortalecido recentemente, continua o debate sobre se a economia do Japão pode lidar com custos de empréstimos mais elevados, especialmente com o abrandamento do crescimento dos EUA que potencialmente afecta a economia global.
No Reino Unido, o Banco de Inglaterra reunir-se-á na quinta-feira, com os mercados a preverem uma possibilidade de cerca de 48% de um corte nas taxas, o primeiro desde Março de 2020. A decisão parece bem equilibrada, com o crescimento dos salários e a inflação no sector dos serviços a permanecerem elevados, apesar da situação global crescimento modesto e inflação ao consumidor voltando para 2%. O resultado da reunião poderá ter implicações significativas para os consumidores e bancos britânicos, com os próximos resultados do HSBC, Barclays (LON:) e Padrão fretado (LON:) oferecendo uma visão da saúde do setor financeiro em meio a mudanças nas taxas de juros.
Nas notícias políticas, a eleição presidencial venezuelana resultou na vitória do presidente Nicolás Maduro e do candidato da oposição Edmundo González. Maduro foi declarado vencedor pela autoridade eleitoral com 51% dos votos, enquanto González obteve 44%. A oposição já tinha manifestado confiança nos resultados, pedindo aos apoiantes que continuassem a monitorizar a contagem dos votos.
Esta eleição é crítica porque poderá influenciar a direção futura das sanções dos EUA à Venezuela. O país registou um declínio na inflação anual para cerca de 50% após anos de hiperinflação, com os investidores a acompanhar de perto as ações de Maduro após as eleições em busca de quaisquer sinais de mudanças políticas que possam afetar a reestruturação de cerca de 60 dólares. bilhões em títulos internacionais devidos pela Venezuela e sua empresa petrolífera estatal PDVSA.
InvestingPro Insights
À medida que os investidores navegam numa semana de decisões significativas do banco central e antecipam o impacto nos mercados globais, as atenções voltam-se para o sector tecnológico, onde os relatórios de lucros das principais empresas dos EUA estão em foco. Entre eles, a Microsoft se destaca enquanto se prepara para divulgar seus resultados na terça-feira. Aqui estão alguns insights e métricas importantes do InvestingPro que podem fornecer um contexto valioso para o próximo relatório da Microsoft:
Os dados da InvestingPro mostram que a capitalização de mercado da Microsoft permanece robusta em aproximadamente 3,16 biliões de dólares, refletindo a sua presença significativa no setor. O rácio P/E da empresa é atualmente de 36,63, o que, embora elevado, indica a confiança dos investidores no seu potencial de ganhos futuros. O crescimento da receita da Microsoft nos últimos doze meses no terceiro trimestre de 2024 é de impressionantes 13,97%, mostrando a capacidade da empresa de aumentar suas vendas em meio a um cenário tecnológico competitivo.
As dicas da InvestingPro destacam o desempenho consistente da Microsoft, com a empresa aumentando seus dividendos por 18 anos consecutivos, demonstrando um forte compromisso em devolver valor aos acionistas. Além disso, os fluxos de caixa da Microsoft podem cobrir suficientemente os pagamentos de juros, o que é um sinal tranquilizador de saúde e estabilidade financeiras.
Para os leitores que desejam se aprofundar nas finanças e no posicionamento estratégico da Microsoft, há 14 dicas adicionais do InvestingPro disponíveis, que podem ser acessadas visitando Esses insights podem ser particularmente relevantes dada a atual sensibilidade do mercado aos ganhos de tecnologia e aos indicadores econômicos mais amplos.
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A Reuters contribuiu para este artigo.
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