Nos últimos 80 anos, a história da Associação Pernambucana de Fornecedores de Cana-de-Açúcar (AFCP) foi marcada por lutas e conquistas, comprovando que o setor sucroenergético local não seria o mesmo sem suas ações. A AFCP representa seus associados em todas as negociações do setor, defendendo os interesses e garantindo que o produtor receba um preço justo pela cana-de-açúcar fornecida, buscando manter um relacionamento equilibrado com as usinas.
Entre os muitos fatos históricos que atestam o papel relevante da entidade está a greve conjunta realizada com as associações de fornecedores de Alagoas, Sergipe e Paraíba, em meados da década de 1970. A mobilização, que interrompeu o trânsito entre Pernambuco e Alagoas, foi acompanhada por tanques de guerra e helicópteros do Exército. Como consequência, o reajuste significativo no preço da cana-de-açúcar no Nordeste.
O ‘trator’ foi outro acontecimento marcante na história da associação. Em 1999, cerca de 400 tratores e caminhões saíram da AFCP em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo do Estado, em protesto contra o atraso no repasse do pagamento da Equalização de Custos da Cana-de-Açúcar.
“A associação só existe hoje por causa das pessoas que estiveram lá e trabalharam para fortalecê-la. É uma entidade que todo o Estado reconhece política e tecnicamente; presta um ótimo serviço técnico aos seus associados e busca, a cada dia, proporcionar melhores condições aos fornecedores”, enfatizou o presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima.
Pepro
Em 2008, durante o primeiro mandato de Lima, fornecedores do Nordeste, reunidos na sede da AFCP, pela primeira vez em sua história, planejaram exigir a implantação do Programa Equalizador do Produtor Pago (Pepro), com outro protesto em frente ao Palácio do Governo, com visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Estado.
Na ocasião, os ministros José Mucio Monteiro (Relações Institucionais), Dilma Roussef (Casa Civil) e Guilherme Kassel (Desenvolvimento Agrário), que acompanhavam a delegação presidencial, ao saber da mobilização, foram à sede da AFCP anunciar medidas para potencializar o preço da cana-de-açúcar e o setor.
Cerca de dois mil fazendeiros ocuparam o auditório da associação e assistiram a ministra Dilma anunciar o envio de Medida Provisória para permitir a liberação de subsídio econômico, no valor de R$ 5 por tonelada de cana, até 10 mil toneladas por produtor, durante a safra. 2008/2009.
Pronaf
Também foi anunciada a ampliação da inclusão de produtores de cana-de-açúcar com faturamento anual de R$ 220 mil no Programa Nacional de Fortalecimento da Família (Pronaf). O limite de renda anteriormente era de até R$ 110 mil. Outra medida foi a autorização de leilões de açúcar, permitindo a compra pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ação defendida exaustivamente pelo então ministro José Mucio, profundo conhecedor do setor.
A AFCP mantém uma cooperativa de comercialização de insumos agrícolas (matriz Coaf) desde 2010, fixando os preços desses produtos e reduzindo o custo de produção da cana-de-açúcar. Em 2015, reativou e passou a administrar a antiga usina Cruangi (subsidiária do Coaf), garantindo o melhor preço da cana-de-açúcar aos fornecedores.
Conceder
Em 2013, a então presidente do Brasil, Dilma Rousseff, visitou a AFCP para anunciar um subsídio de R$ 125 milhões para os produtores de cana-de-açúcar do Nordeste afetados pela maior seca na região nos últimos 50 anos. O subsídio foi uma conquista da luta política prioritária da União dos Produtores de Cana do Nordeste (Unida). O programa de subsídios federais continuou por alguns anos consecutivos.
Reativação
Em 2014, a AFCP e o Sindicato dos Produtores de Cana de Pernambuco (Sindicape) arrendaram a usina de Pumaty, em Joaquim Nabuco, na Zona da Mata Sul. A reativação da unidade fabril permitiu aos produtores de cana produzir e comercializar sua produção. Além disso, a Usina Estreliana, em Ribeirão, Zona da Mata Sul, também voltou a moer sob gestão cooperativa. O redesenho do projeto recebeu apoio e orientação do Coaf, da AFCP e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Segundo Alexandre Andrade Lima, antes das cooperativas os fornecedores detinham 28% da matéria-prima da cana. Hoje, esse percentual chega a 50%
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