A queda dos índices de ações e commodities estrangeiros pesa sobre o Ibovespa, que perdeu 126.422,73 pontos na abertura desta quinta-feira, 25. Na quarta-feira, 24, fechou em queda de 0,13%, a 126.422. 73 pontos.
A expectativa de desvalorização ocorre em meio a resultados divergentes dos indicadores dos Estados Unidos divulgados esta manhã, o que dificulta uma leitura única e pode embaralhar as apostas de corte de juros.
O PCE, um indicador dos preços de consumo dos EUA, aumentou 2,6% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período de 2023. E a primeira leitura do PIB mostrou uma expansão anualizada de 2,8% no segundo trimestre. O resultado superou o teto das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variava de altas de 1% a 2,5%, com mediana de 2,1%. Os pedidos de subsídio de desemprego caíram 10.000 durante a semana, para 235.000, em comparação com uma projeção de 239.000.
“Os dados vieram juntos. No geral, os dados continuam mostrando uma certa desaceleração. A inflação não está tão forte a ponto de colocar em risco um corte nos juros em setembro. O fato é que a economia está desacelerando e a atividade”, avalia o Laatus O estrategista-chefe do grupo, Jefferson Laatus.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de julho, que caiu para 0,30%, também não alivia o Ibovespa. Contudo, os dados ficaram quase próximos do teto das projeções, mas superiores à mediana de 0,23%. Em 12 meses, acumula alta de 4,45% – quase 1,5 ponto acima do centro da meta de 3,00%.
Segundo Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas, o IPCA-15 acima do esperado refletiu principalmente o aumento inesperado das passagens aéreas e avanços em alguns serviços. “Esse é o preço dos serviços, que é um ponto de atenção do Banco Central, e é uma notícia desfavorável. Mas vale destacar que a pressão estava muito concentrada em serviços que não estão diretamente ligados à atividade, como bancos
Mesmo tendo reservas quanto à leitura do IPCA-15 de julho, Ashikawa afirma que o indicador não deve alterar a trajetória da política monetária por enquanto. “Não é uma notícia 100% positiva, tem algumas ressalvas. Não resolve a vida do BC neste momento.”
Além da inflação, persistem preocupações com a situação fiscal do Brasil e em relação ao câmbio, dada a pressão do dólar frente ao iene, especialmente ontem, quando houve uma deterioração nas bolsas americanas, motivada principalmente por uma onda de liquidação em ações de tecnologia.
Hoje o dólar à vista apresenta viés de alta, o que se reflete nas principais taxas futuras.
Com riscos cambiais que podem impactar a inflação e diante dos persistentes temores fiscais, a chance é de a Selic ser mantida em 10,50% ao ano, no Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana.
Nem mesmo o corte inesperado nas taxas de empréstimo hoje na China, três dias depois da redução das taxas de juro de referência, está a encorajar os investidores. O minério de ferro fechou em queda de 1,55% na bolsa de Dalian e o petróleo caiu cerca de 1,60%.
Às 11h19 desta quinta-feira, o Ibovespa cedeu 0,33%, aos 126.010,31 pontos, ante queda de 0,63%, na mínima de 125.626,28 pontos, após máxima de 126.422,73 – mesmo nível da abertura (-0 0,01%). A Vale, que divulga seu balanço após o fechamento da B3, desistiu de 0,07%. A Petrobras perdeu entre 0,61% (PN) e 0,78% (ON). O Carrefour liderou as quedas, com queda de 2,50%, e a LWSA, as que subiram, com 1,20%.
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