A proposta da presidência brasileira no G20 de tributar os super-ricos tem apoio de vários países do G20, grupo de 19 países e da União Europeia e da União Africana, disse nesta terça-feira, 23, o ministro das Relações Exteriores e coordenador do o grupo de Desenvolvimento do G20, Mauro Vieira.
“Vários representantes de países aqui falaram a favor. Então acho que é uma questão de continuar a conversar e avançar neste tema”, afirmou, em conferência de imprensa, após classificar como “fácil” a resposta à pergunta sobre o tema. .
A presidência brasileira do G20 defende um imposto mínimo de 2% sobre a riqueza dos bilionários mundiais, o que arrecadaria entre 200 mil milhões e 250 mil milhões de dólares anualmente, segundo estudos.
Vieira destacou que o 1% mais rico do mundo ficou com quase dois terços de toda a riqueza gerada desde 2020. A redução da desigualdade é um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas a serem alcançados até 2030.
Sobre a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, o ministro afirmou ainda que é o resultado de medidas para melhorar e reduzir as diferenças. “Este é um esforço conjunto e não será de curto prazo, mas penso que as decisões que já tomámos, como o lançamento da Aliança Global amanhã, são um resultado imediato e específico”, apontou.
A constituição da Aliança Global acontecerá amanhã, com a presença do presidente Lula, no Galpão da Cidadania, na zona portuária do Rio de Janeiro, palco da reunião ministerial de Desenvolvimento do G20 ontem e hoje. O ministro ressaltou ainda que o presidente Lula está empenhado em resgatar as populações mais pobres e desfavorecidas.
No evento de quarta-feira, os países serão convidados a aderir ao mecanismo, cujo lançamento efetivo será em novembro, paralelamente à Cúpula dos 20 Líderes, também no Rio de Janeiro. A Aliança será uma plataforma para ligar os países que procuram financiamento com nações ou instituições dispostas a financiar os projectos.
Mauro Vieira disse ainda que a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é o principal encontro desta semana e que é uma iniciativa prioritária da atual presidência brasileira do G20. Além do presidente Lula, o evento contará com a presença dos ministros Fernando Haddad (Finança) e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social).
Declarações de consenso
O ministro também citou os dois documentos emitidos pelo G20 na reunião ministerial de Desenvolvimento de segunda-feira. Uma foi a declaração ministerial para reduzir as desigualdades e a outra, um apelo à acção para reforçar os serviços de água potável, saneamento e higiene.
O grupo não emitiu declarações de consenso desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, devido a posições relativas a conflitos geopolíticos. Para chegar ao texto, a presidência brasileira do bloco chegou a um acordo para deixar os conflitos geopolíticos fora das declarações conjuntas dos grupos de trabalho. Também foi acordado que o Brasil passaria a emitir declarações individuais sobre conflitos globais.
“É uma vitória da diplomacia brasileira no G20, que destaca a importância de uma política externa equilibrada e que tenha credibilidade entre seus pares”, afirmou o chanceler. “Paralelamente à reunião ministerial de Desenvolvimento, estou cumprindo uma agenda intensa de promoção de reuniões bilaterais, nas quais tenho ouvido de todos os ministros visitantes sólido apoio às prioridades brasileiras no G20, aos documentos aprovados e, sobretudo, ao Global Aliança contra a Fome e a Pobreza, que será anunciada amanhã.”
Na mesma ocasião, o Embaixador Maurício Lyrio, sherpa (representante pessoal do chefe de estado) do Brasil no G20, esclareceu que a fórmula adotada para permitir declarações de consenso poderia ser usada em todas as reuniões dos grupos de trabalho do G20, independentemente da trilha. “Concordamos que esta fórmula possa ser utilizada por todas as reuniões ministeriais que eventualmente tenham documentos a publicar”, disse, lembrando que nem todas as reuniões resultam numa declaração ministerial. “Se os ministros chegarem a um acordo sobre a substância do assunto que estão tratando, o importante é o seguinte: a geopolítica não será um obstáculo”.
banco militar
emprestimo pessoal taxa de juros
simular empréstimo caixa
simulador empréstimos
contrato banco pan
emprestimo bpc loas representante legal