Funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) planejam iniciar uma Operação Padrão em suas atividades diante da proposta de reajuste salarial considerada a pior dos últimos tempos feita pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Funcionários se dizem humilhados com o “ajuste” zero para a base em 2025.
“Para o topo da carreira, repetiu-se a pior proposta entre as que foram apresentadas para níveis semelhantes, 9,5% em 2025 e 5% em 2026”, criticou, em nota, o Sindicato dos Profissionais de Inteligência do Estado da Abin (Intelis). Contactado na quinta-feira, 18, o MGI não respondeu até o momento.
Diante de um ajuste considerado ruim, servidores citam um possível funcionamento padrão nas próximas semanas.
“Sentimos muita pena da população brasileira, a quem não poderemos mais garantir segurança e atender nas mais diversas áreas em que atuamos, mas chegamos a um ponto sem volta, onde sabemos que a organização irá não resistir a um 3º episódio de distanciamento diante de outras carreiras”, diz outro trecho da nota.
Funcionários da Abin afirmam ainda que o governo deveria repensar a medida para evitar o sucateamento dos serviços prestados pela agência de inteligência. Isso porque o Brasil está “às vésperas de eleições municipais, de disputa nacional unificada, de reunião do G-20, de expulsões de terras indígenas, de acontecimentos críticos e do interesse de agentes adversos”
COM A PALAVRA, SINDICATO DOS PROFISSIONAIS DE INTELIGÊNCIA DO ESTADO DA ABIN (INTELIS)
Os servidores da ABIN tiveram uma tarde desastrosa ontem. Depois do governo do desvio, a Inteligência de Estado do Brasil agora sofre com o governo do desmonte. A equipa negocial do MGI, que tanto apoiámos nos últimos trabalhos, demonstrou que ignorou completamente todos os problemas que apontámos na primeira mesa e chegou ao ponto de nos oferecer uma humilhante recuperação de ZERO POR CENTO em 2025 para a base, punindo a única carreira que já conta com 20 padrões desde 2004. Para o topo da carreira, repetiu-se a pior proposta entre os que foram colocados para níveis semelhantes, 9,5% em 2025 e 5% em 2026.
Essa situação não nos deixou outra alternativa, tanto pela proposta quanto pela criticidade da vaga em nossos cargos, que não fosse estabelecer uma Operação Padrão em relação às atividades da ABIN. Sentimos muita pena da população brasileira, a quem não poderemos mais garantir segurança e atender nas mais diversas áreas em que atuamos, mas chegamos a um ponto sem volta, onde sabemos que a organização não resistir a um 3º episódio de distanciamento das demais carreiras.
Às vésperas das eleições municipais, do CPNU, da reunião do G20 e das expulsões de terras indígenas, eventos críticos de interesse dos agentes adversos, o Governo do Brasil decide abrir mão de sua agência de Inteligência e opta deliberadamente por tomar decisões baseadas na improvisação.
Esperamos que ainda haja tempo para reverter os danos gigantescos que será o primeiro país do G-20 a prescindir do seu serviço de Inteligência. Por enquanto, a granada fica no bolso do “inimigo”
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