Ó Ministério das Finanças manteve a projeção ascendente do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024. De acordo com a grade de parâmetros divulgada nesta quinta-feira, 18, pela Secretaria de Política Econômica (SPE), a estimativa para a expansão da atividade neste ano permanece em 2,5%.
Para 2025, a projeção passou de 2,8% para 2,6%. O último boletim macrofiscal da SPE havia sido divulgado em maio de 2024.
Para o PIB do setor agrícola em 2024, a queda esperada é agora de 2,5% em 2024, face à queda esperada de 1,4% no boletim de maio.
Para o PIB da indústria, a projeção passou de 2,4% no Boletim de maio para 2,6%.
A revisão reflete principalmente estimativas mais elevadas para o crescimento da indústria de transformação e construção, beneficiada por políticas de estímulo ao investimento produtivo, medidas de estímulo à reconstrução do RS e ampliação de recursos destinados ao financiamento de habitação popular.
O aumento projetado para o setor de serviços em 2024 passou de 2,7% para 2,8%. Segundo o boletim, devem ser destacadas as atividades ligadas ao consumo familiar, comércio e outros serviços, “refletindo o bom desempenho do mercado de trabalho e condições de crédito menos restritivas, além de medidas de apoio às famílias do RS”.
As projeções da SPE sobre a variação do PIB nos próximos anos foram mantidas ou sofreram pequenas alterações. Em 2026, passou de 2,5% para 2,6%. Para 2027, a projeção de crescimento permaneceu em 2,6%. Em 2028, a projeção continuou em 2,5%.
A revisão do PIB em 2025, segundo o boletim, reflete a pausa nos cortes de juros do Banco Central neste ano, que ficaram em 10,5%.
“Apesar da menor contribuição proveniente da política monetária, os efeitos em cadeia derivados do crescimento inclusivo e orientados pela expansão dos investimentos e da indústria em 2024 deverão contribuir positivamente para a atividade em 2025, mitigando parcialmente os impactos das taxas de juros”, avalia.
Para os próximos anos, a SPE destaca que o crescimento esperado mantém-se próximo dos 2,5%, “podendo até surpreender positivamente como reflexo dos efeitos da reforma fiscal e da maior produção e exportação de petróleo na atividade potencial”, refere a nota.
No último relatório Focus, divulgado na última segunda-feira, 15, analistas de mercado consultados pelo Banco Central projetavam alta de 2,11% para o PIB em 2024. Para 2025, a estimativa do Focus é de alta de 1,97%. As projeções do mercado para 2026 e 2027 estão em 2%, para ambos os anos.
IPCA
O Ministério da Fazenda revisou a projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 e 2025.
Pela nova grade de parâmetros macroeconômicos da Secretaria de Políticas Econômicas (SPE), a estimativa este ano passou de 3,70% para 3,90% – dentro da faixa de tolerância da meta estipulada para 2024, que é de 3,00%, com variação de 1,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
Para 2025, a projeção do IPCA passou de 3,20% para 3,30%. O último boletim macrofiscal da SPE havia sido divulgado em maio de 2024.
No documento, a SPE argumenta que a revisão da projeção do IPCA para este ano já leva em conta os impactos do câmbio mais depreciado e da calamidade no Rio Grande do Sul sobre os preços, além dos recentes reajustes anunciados para os preços de gasolina e GLP.
Para a média das cinco principais métricas principais, a previsão foi revisada de 3,40% para 3,70%.
No caso de 2025, a previsão de inflação medida pelo IPCA foi revisada principalmente para incorporar a expectativa de câmbio mais elevado do dólar, mas a perspectiva de desinflação permanece, disse a SPE, e deve ser observada tanto para preços livres quanto monitorados.
O Ministério da Fazenda também revisou a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – utilizado para corrigir o salário mínimo. Pela nova grade de parâmetros macroeconômicos do departamento, a estimativa para o indicador neste ano passou de 3,50% para 3,65%. Para 2025, a projeção passou de 3,10% para 3,15%.
A estimativa do Tesouro para o IGP-DI em 2024 foi revisada de 3,50% para 3,60% e mantida em 4% para 2025. Para a projeção deste ano, a SPE observou que foram registradas variações significativas para o IGP-DI DI em maio e junho, refletindo principalmente a aceleração dos preços no atacado.
Em maio, o aumento da inflação do minério de ferro explicou em grande parte o aumento, enquanto em junho pesou fortemente a aceleração dos preços dos produtos agrícolas (especialmente batata, milho e arroz), refletindo em grande parte o incidente no RS, apontou o secretário.
Devido a esses resultados, a inflação medida pelo IGP-DI acelerou de -2,32% em abril para 2,88% em junho.
A SPE destacou ainda que, até agosto, a expectativa é de aumento da inflação indicada por este índice, refletindo a saída das fortes deflações registradas até meados de 2023 da base de cálculo. Depois, deverá haver desaceleração gradual para 3,60% em dezembro.
No último relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, 15, analistas de mercado consultados pelo Banco Central projetavam IPCA de 4,00% em 2024 e de 3,90% no próximo ano.
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