Mesmo na contracorrente do câmbio e da correção no S&P 500 (-1,39%) e no Nasdaq (-2,77%) em Nova York, o Ibovespa retomou trajetória positiva nesta quarta-feira após leve realização de lucros no dia anterior. , quando interrompeu uma sequência de 11 vitórias.
Hoje, oscilou de 128.741,45 para 129.657,77 pontos, abrindo em 129.111,70.
Ao final, apresentou alta de 0,26%, para 129.450,32 pontos, com giro de R$ 35,4 bilhões, no dia do vencimento das opções do índice.
Na semana, o Ibovespa subiu 0,43% e, no mês, ganhou 4,47%, limitando a perda do ano a 3,53%.
No exterior, desde cedo, a quarta-feira foi marcada pela provável intervenção do Banco Central Japonês no mercado cambial, para defender o iene.
A turbulência afectou particularmente o desempenho das matérias-primas metálicas, como o minério de ferro e o cobre, e das moedas emergentes.
Em Dalian (China), o minério fechou em queda de 2,66%, mas o petróleo subiu 1,61% (Brent), em Londres, numa sessão em que o dólar caiu frente à cesta de moedas do índice DXY, que reúne referências como euro, iene e libra.
“Um ponto mais específico da relação dólar-real é que o segundo semestre é reconhecido pela sazonalidade, em que o número de remessas para fora do país é maior. Com o dólar subindo de R$ 5,70 em sua máxima recente para R$ 5 .40 – onde acreditamos ser o piso em que o mercado está trabalhando para a moeda – aumenta a demanda por remessas, para aproveitar esse patamar relativamente mais baixo do dólar”, afirma André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.
Nesta quarta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 1,00%, a R$ 5,4838.
Na B3, apesar da pressão no câmbio, o dia teve ganhos bem distribuídos entre as ações de maior peso e liquidez, com exceção da Vale (ON -0,93%), que sentiu o reajuste nos preços do minério na sessão.
Em nota, a Guide Investimentos aponta, como base para a variação dos preços do metal, “o aumento da oferta da commodity pelas maiores mineradoras do mundo, mesmo com a China, principal consumidora do insumo, enfrentando um crise imobiliária que afeta a demanda”.
No relatório trimestral de produção e vendas, divulgado ontem à noite, a Vale apresentou forte nível de produção (80,6 milhões de toneladas) e vendas (79,8 Mt).
Mas, com os embarques de produtos de qualidade inferior e a pressão sobre os preços do minério, os preços realizados dos finos e dos prêmios all-in caíram entre abril e junho, relatam os jornalistas Juliana Garçon e Jorge Barbosa, do Broadcast.
No relatório de ontem, “o preço médio de negociação por tonelada de minério ficou abaixo do esperado, com o mercado esperando US$ 103 e a Vale informando US$ 98 por tonelada.
Agora, aguardamos os resultados para analisar a margem EBITDA da empresa”, observa Alexandre Pletes, head de renda variável da Faz Capital
Se por um lado os preços do minério na China e Singapura mantiveram esta quarta-feira uma tendência descendente, por outro o petróleo estabilizou após três dias de queda, com uma nova descida dos stocks do produto nos Estados Unidos, o que “alivia as preocupações com fraca procura na China”, acrescenta Guide.
Assim, em Nova York, o barril da referência americana, o WTI, movimentou ainda mais que o Brent global na sessão, subindo 2,17% no fechamento desta quarta-feira na Nymex.
Os stocks de petróleo nos Estados Unidos caíram 4,87 milhões de barris, para 440,226 milhões na semana passada, segundo dados hoje divulgados pelo Departamento de Energia.
O resultado surpreendeu analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam estabilidade para a semana.
Assim, com apoio dos preços das commodities, Petrobras ON e PN fecharam, respectivamente, em alta de 0,73% e 0,52%.
Apesar do ajuste na Vale, a sessão foi geralmente positiva para o setor metalúrgico, com destaque para Usiminas (PNA +5,04%, na máxima do fechamento do dia) e CSN (ON +0,61%).
As ações dos grandes bancos também tiveram boa performance nesta quarta-feira, com Itaú (PN +1,09%), Santander (Unit +1,01%) e Banco do Brasil (ON +1,00%) logo atrás do Bradesco (ON +1,21%, PN +1,19%, ambos na máxima do dia no fechamento).
Na ponta vencedora do Ibovespa, além da Usiminas, destacam-se Ultrapar (+2,97%), Cemig (+2,85%) e Raízen (+2,58%). No lado oposto, CVC (-5,77%), Assai (-3,24%) e Hapvida (-2,40%).
“As ações da Usiminas foram beneficiadas, na sessão, pelo anúncio do aumento de participação da BlackRock, que passou a deter mais de 5% de participação na empresa”, afirma Felipe Castro, sócio da Matriz Capital. No panorama mais amplo, além de eventuais boas notícias em relação aos ativos da Bolsa, o cenário continua desafiador, acrescenta Castro. “Não só a moeda americana subiu hoje, mas também os juros futuros, com a abertura da curva, pois o mercado acredita que será necessário um prêmio maior para investir no país no futuro, com a atual trajetória de gastos do governo”, acrescenta .
Apesar dos desafios que o cenário doméstico ainda enfrenta, a perspectiva externa, fortalecida pela expectativa do início dos cortes de juros nos Estados Unidos em setembro, tem contribuído para a recuperação do Ibovespa nos últimos 30 dias, observa Charo Alves, especialista na Valor Investimentos.
Nesse intervalo, correspondente a um mês, o Ibovespa acumula ganho de 8,66% – e, em 12 meses ou um ano, a alta chega a 9,50%.
“Depois que o mercado atingiu o fundo do poço em meados de junho, com o Ibovespa caindo mais de 10% em 2024, o Ibovespa está se recuperando, ainda muito descontado em termos de valorização”, acrescenta Alves, destacando também o ajuste positivo de tom, recentemente, pelas autoridades governamentais em relação ao fiscal.
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