Reportagem da Folha de S.Paulo de 2023 sobre reforma tributária gerou discussão nas redes sociais nesta terça-feira (16) entre Gil do Vigor, economista que participou do BBB, e Pedro Rousseff, sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
A Folha de S.Paulo recalculou o estudo do Banco Mundial citado no relatório da época e chegou a conclusões semelhantes: a reforma isenta a maior parcela da população, aqueles com renda mais baixa, e aumenta a carga apenas para as pessoas classificadas entre os mais rico.
Houve, no entanto, uma mudança importante. O Congresso priorizou a isenção da cesta básica, um pedido do setor alimentício. Como resultado, reduziu as restituições de impostos para os mais pobres (um mecanismo conhecido como cashback). O resultado é que o alívio fiscal para a população de baixos rendimentos será inferior ao previsto anteriormente.
O estudo que gerou debate nas redes foi feito antes da aprovação da reforma, em dezembro do ano passado. Este ano, o Banco Mundial construiu um simulador que permite a qualquer pessoa fazer os mesmos cálculos.
Os novos resultados consideram o texto da emenda constitucional da reforma de 2023 e também a versão do projeto regulatório aprovado na Câmara na semana passada, que agora será analisado pelo Senado.
A versão actual da reforma reduz a carga sobre o consumo de 50% da população – precisamente aqueles com rendimentos mais baixos. Os 20% com maior renda passam a contribuir com uma parcela maior dessa arrecadação.
De resto, a situação não muda, considerando a versão da reforma modelada pelo Congresso. A proposta original do governo isentava essa parcela da classe média, mas esse ganho foi perdido com as exceções criadas pelo Legislativo.
O alívio para as pessoas mais pobres poderia ter sido maior. Para os 20% da população com rendimentos mais baixos, um reembolso mais amplo reduziria a carga fiscal em 50%. Agora, a queda está próxima de 25%.
A explicação é a seguinte: antes, com uma cesta básica isenta de impostos mais restrita, havia mais espaço para a devolução de parte do valor dos impostos aos mais pobres. Como os itens foram ampliados, todos os consumidores desses itens serão beneficiados com a isenção.
Quando há mais produtos na cesta básica com alíquota zero, não há imposto a ser devolvido e a arrecadação é menor. Consequentemente, é necessário aumentar a tributação sobre outros produtos, como vestuário e eletrodomésticos, que também são consumidos por pessoas de baixa renda.
A inclusão de carnes e outros alimentos na cesta básica da reforma também aumenta a nova alíquota para mais de 27%, segundo simulação realizada por técnicos do Banco Mundial na semana passada.
A Câmara aprovou nesta quarta-feira (10) o primeiro projeto regulatório da reforma, que prevê um mecanismo para tentar limitar a tributação a 26,5%, mas as concessões feitas pela Câmara inviabilizam o cumprimento dessa regra.
O número de 26,5% é uma estimativa do Ministério das Finanças com base na versão original do projecto. Esse percentual é apenas uma referência e não há obrigatoriedade de segui-lo caso os benefícios aprovados pelos parlamentares gerem perda de arrecadação.
Com o alívio da cesta básica, a reforma tributária gerará uma redução significativa da carga sobre os alimentos e alguns bens industriais, independentemente do nível de renda. Produtos ainda mais caros, como o caviar importado, serão menos tributados caso se confirme uma alíquota próxima de 26,5% para o somatório dos novos impostos.
*Informações da Folhapress
empréstimo consignado para servidor público municipal
emprestimo para bpc ja esta liberado
simulação de empréstimo no bradesco
empréstimos itau simulador
melhores bancos emprestimo
quitar emprestimo caixa
taxa de juros do emprestimo consignado banco do brasil