O setor da construção e da indústria imobiliária reiterou em nota, divulgada esta segunda-feira, 15, que a regulamentação da reforma tributária terá o efeito de aumentar os preços dos imóveis no país.
Em nota distribuída pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor considera que o texto aprovado pela Câmara dos Deputados acolheu melhorias, mas as mudanças não são suficientes para evitar o aumento dos preços.
O novo recorde foi divulgado após o Ministério da Fazenda publicar nota afirmando que o novo sistema não resultará em aumento significativo de custos para o setor.
No esclarecimento, a CBIC destaca que a proposta original do governo, que previa redução de 20% nas alíquotas, aumentaria a carga tributária sobre todos os tipos de habitação.
A redução de 40% contida no texto aprovado também não é suficiente para garantir a neutralidade tributária, e o aumento do custo será repassado ao consumidor. “Entidades do setor defendem a manutenção da carga tributária sobre a habitação.
E essa manutenção só é garantida com redução de 60% na tarifa, como mostram estudos. O objetivo é evitar o aumento da atual carga tributária sobre imóveis, para que não haja aumento de preços, garantindo às famílias brasileiras o direito à moradia e à moradia acessível para todos”, diz o texto
O setor defende ainda que o próprio Ministério das Finanças reconheceu que haverá um aumento dos preços dos imóveis para a classe média. O Tesouro afirma que os custos dos imóveis populares tendem a cair cerca de 3,5% enquanto os dos imóveis de alto padrão podem aumentar cerca de 3,5%.
Segundo entidades do setor, haverá aumento da carga tributária atual, inclusive no programa Minha Casa, Minha Vida, com aumento de 15,4% na carga.
“É importante esclarecer que a esperada compensação de uma potencial redução de carga do programa Minha Casa, Minha Vida pelo aumento da tributação nos segmentos de médio e alto padrão não surtirá o efeito desejado: o MCMV corresponde a apenas 15% de o mercado imobiliário, ou seja, ao ponderar as novas alíquotas com base na produção efetiva, haverá um aumento de três pontos percentuais na alíquota média do setor: isso corresponde a um aumento da carga tributária de 40%”, diz a anotação.
A CBIC reconhece a importância da reforma tributária, mas alerta para o debate democrático que resultará no aprimoramento das regras.
“Ao recomendar a redução de 60%, o setor da construção e o setor imobiliário não buscam benefícios ou redução do volume de impostos sobre sua cadeia produtiva. Defendemos que a reforma modernize o quadro tributário sem aumentar a carga”, diz o setor.
Veja também
Banco Central
IGP-M de 2024 vai de 3,40% para 3,42%, destaca Focus
finança
Mercado consolida chance majoritária de o Fed realizar três cortes nas taxas de juros este ano, diz CME Group
empréstimo itaú pessoal
divida banco pan
refinanciamento de empréstimo consignado bradesco
taxas de juros inss
empréstimo de valor baixo
simulador de empréstimo consignado banco do brasil
quitar emprestimo fgts banco pan