Millennial mais famoso? Mark Zuckerberg acha que é a pessoa mais conhecida de sua geração

Não existe dúvida que Mark ZuckerbergCEO da Meta, empresa dona do WhatsApp, Instagram e Facebook, é um personalidade controvérsia.

Admirado por alguns e visto com desconfiança por outros, o americano já foi tema de filmes e livros e continua sendo uma das pessoas mais importantes do mundo contemporâneo. E até ele mesmo pensa assim.

Uma série de e-mails de Mark Zuckerberg vazados na internet nos últimos dias indicam como o fundador da Meta se vê e como sua imagem pode afetar os negócios da empresa.

As mensagens foram publicadas pela newsletter Internal Tech Emails e reportadas na última terça-feira, 9, pelo portal de notícias americano Business Insider.

“Embora nossa empresa (Meta, então chamada de Facebook) desempenhe um papel especial na vida desta geração, isso é provavelmente particularmente importante para a forma como me apresento, já que sou a pessoa mais conhecida da minha geração”, escreveu Zuckerberg em uma mensagem enviada em 4 de janeiro de 2020.

Zuckerberg nasceu em 1984, ano que compõe o que se chama de geração “millennial”: aqueles nascidos entre 1980 e 1995. Essa faixa etária surgiu em um mundo analógico, mas cresceu com o início da popularização da internet – tornando-se, portanto, a primeira geração “digital”.

Esse apelido de porta-voz da geração millennial foi corroborado, via e-mail, pelo investidor alemão Peter Thiel. Segundo ele, Zuckerberg foi “escolhido como porta-voz da geração millennial”, escreveu em 31 de dezembro de 2019. O executivo é “a pessoa que dá voz às esperanças, medos e experiências únicas desta geração, pelo menos no Estados Unidos”, acrescentou.

Amigo de longa data de Zuckerberg, Peter Thiel é um dos titãs do Vale do Silício, fundador do PayPal (ao lado de Elon Musk). Foi o primeiro nome a apostar no Facebook, em 2005, e tornou-se um dos grandes conselheiros de Zuckerberg na década seguinte. Em fevereiro de 2022, Thiel anunciou que estava deixando o conselho da Meta para apoiar os candidatos de Donald Trump nas eleições intermediárias dos Estados Unidos.

Outros nomes da geração millennial incluem Beyoncé, Cristiano Ronaldo e o príncipe britânico William. No Brasil, nomes como o apresentador Marcos Mion, o jogador de futebol Kaká, a modelo Gisele Bündchen e a artista plástica Anitta.

Em comparação com eles, porém, Zuckerberg pode dizer que sim, ele é o mais rico. Atualmente, os ativos do bilionário estão avaliados em US$ 188 bilhões, o quarto maior do mundo.

Limpeza de imagem

Os e-mails reforçam a tese de que Zuckerberg passou por uma “limpeza de imagem” nos últimos anos, trocando sua clássica camiseta cinza e jeans (um dos “uniformes” dos executivos do Vale do Silício) por roupas mais elegantes e estilosas. personalidade.

No dia 4 de julho, ele ainda compartilhou um vídeo dele surfando de smoking, bebendo cerveja e hasteando a bandeira americana. A foto acumulou mais de um milhão de curtidas no Instagram, onde foi publicada.

Porém, é impossível determinar quem é o millennial mais famoso – principalmente porque o conceito de fama é muito amplo e difícil de mensurar. Considerando que existem bilhões de pessoas que usam Facebook, Instagram e WhatsApp globalmente, seria de se pensar que Mark Zuckerberg teria uma certa vantagem, mesmo que nem todos os usuários de suas plataformas saibam seu nome.

A estratégia surge após uma mancha na reputação do bilionário, considerado o talento mais promissor do Vale do Silício depois da geração de Steve Jobs (Apple) e Bill Gates (Microsoft).

Em 2018, Zuckerberg foi forçado a testemunhar perante o Congresso dos Estados Unidos para explicar o escândalo Cambridge Analytica, quando o Facebook foi acusado de permitir o acesso a dados de utilizadores, sem o seu consentimento, para criar anúncios políticos durante as eleições norte-americanas de 2016. O caso terminou em um acordo de um milhão de dólares.