A empresa sísmica norueguesa TGS realiza pesquisas na Margem Equatorial Brasileira desde julho do ano passado.
O objetivo, informa o country manager do TGS no Brasil, João Corrêa, é reunir informações que ajudem a liberar a exploração nesta nova fronteira.
Os primeiros levantamentos foram realizados na cobiçada bacia da Foz do Amazonas, ou Amapá Águas Profundas, como argumenta Corrêa, e na bacia Potiguar.
Em breve começarão as obras na bacia do Pará-Maranhão, já licenciada pelo Ibama, e em Barreirinhas.
“Em todas as bacias (da Margem Equatorial) encontramos indícios de petróleo. Já tem produção na bacia Potiguar, você tem gás na bacia Pará-Maranhão. Mas em todas essas bacias ainda não foram feitas descobertas comerciais. estamos numa grande batalha pela liberação da Margem Equatorial”, disse Corrêa, destacando que quanto mais dados, mais chances a região tem de ser explorada.
Depois dos levantamentos realizados em 2D, o TGS passa agora para o 3D, um estudo mais preciso e que exige elevados recursos.
O executivo destaca que, assim como nas bacias de Campos e Santos, as maiores descobertas na Margem Equatorial devem ser feitas em águas ultraprofundas, onde levantamentos 3D ajudaram a descobrir o pré-sal.
Com investimentos de 12,5 milhões de dólares previstos para este ano e 2025, a TGS está a fazer um primeiro “raio-x” das localizações mais prováveis de formações geológicas com reservatórios de petróleo ou gás, que será entregue à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), para ajudar a delimitar os blocos que serão ofertados nos leilões.
Após os leilões, a TGS vende os dados às empresas vencedoras. Segundo Corrêa, pela primeira vez a agência antecipou as áreas que pretende oferecer ao mercado, o que considera “uma mudança de paradigma”.
“Até o momento, esse trabalho realizado pela Superintendência de Avaliação Geológica e Econômica (SAG) da ANP era sigiloso. Foi um marco para a indústria sísmica publicar o calendário 2025, quais bacias vão estudar, quais áreas vão levar para o Conselho Isso significa que nós, que vendemos o nosso país, no bom sentido, vendemos o país como local de investimento”, explicou, destacando que após os leilões são esperadas manifestações do MME (Ministério da Energia). Minas e Energia) e do MMA (Ministério do Meio Ambiente), que haverá segurança jurídica para os investimentos.
Na quinta-feira, 11, a ANP anunciou que a Margem Equatorial, incluindo a bacia da Foz do Amazonas, alvo de intenso debate sobre viabilidade ambiental, estava entre as prioridades da agência para 2025.
Segundo Corrêa, ao aludir a possíveis novos leilões na Margem Equatorial, a percepção é que a tão esperada licença para explorar a região será em algum momento concedida pelo Ibama, órgão que está em greve e que já negou, no ano passado , a licença para a Petrobras realizar a primeira perfuração no local.
O executivo apoia o movimento do órgão ambiental, lembrando que é preciso reforçar o quadro de funcionários, não só em volume, mas também com melhor remuneração.
“Nossos olhos estão voltados para lá (Ibama). Há um impasse no governo, há vários ministérios afetados pela greve, mas o Ibama está fazendo o que pode, tem que olhar isso com seriedade, repor pessoal, pagar melhor”, disse Corrêa, informando que apenas 45 funcionários do Ibama são responsáveis pela avaliação das solicitações de sísmica, perfuração e produção do setor.
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