Leia também
• Reforma Tributária avança no Congresso: veja os próximos passos do novo sistema tributário
• Reforma Tributária: Câmara aprova isenção para carnes e conclui regulamentação; descubra como ficou
Os deputados incluíram no regulamento da reforma tributária, cujo texto-base foi aprovado ontem à noite na Câmara dos Deputados, um bloqueio para evitar que a alíquota normal do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) ultrapasse o patamar de 26,5%, conforme previsto pelo Estadão/Broadcast.
O bloqueio entrará em vigor a partir de 2033, após o período de transição previsto na reforma, que começa em 2026. De acordo com a proposta aprovada, se a taxa normal do IVA ultrapassar os 26,5%, o governo será obrigado a formular, em conjunto com o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – o IVA é de responsabilidade dos Estados e Municípios -, projeto de lei complementar com medidas para redução da carga tributária.
A emenda constitucional da reforma tributária, aprovada em dezembro, já prevê um bloqueio para evitar aumento da carga tributária do país (medida pela relação entre arrecadação tributária e Produto Interno Bruto – PIB) em comparação com a carga atual. O mecanismo agora aprovado é diferente e refere-se especificamente à taxa média de IVA.
Segundo deputados envolvidos nas discussões, o governo poderá rever isenções, compensações e incentivos fiscais em geral para ativar o bloqueio do IVA. Essas medidas estão sendo chamadas de “gatilhos” e são comparadas às regras do marco fiscal, que prevê cortes de gastos em caso de descumprimento da meta de resultado primário (equilíbrio entre receitas e despesas, sem contar os juros da dívida).
“DOGMA”
Na terça-feira, o deputado Claudio Cajado (PP-BA), integrante do grupo de trabalho (GT) que analisou a primeira minuta do regulamento, disse que a alíquota de 26,5% do IVA – prevista na minuta original enviada pela equipe ao Congresso – tornou-se um “dogma”. E sinalizou que qualquer mudança no relatório teria que partir da premissa de que esse percentual não mudaria.
A resistência da Câmara em aumentar a taxa média do IVA esteve no cerne do impasse sobre a inclusão da carne na cesta básica de imposto zero. A medida, defendida pela Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aumentaria a alíquota em 0,53 ponto percentual, segundo cálculos do Tesouro. Utilizando outra metodologia, a bancada agrícola estima um impacto de 0,2 ponto.
A reforma, promulgada pelo Congresso em 20 de dezembro após mais de 30 anos de debate, estabelece a dupla tributação do IVA: uma para o governo federal e outra para estados e municípios.
O novo modelo tributário tem como princípio o de que ele não é totalmente cumulativo, ou seja, evita a chamada “tributação em cascata”, que atualmente onera consumidores e empresas.
Serão três novos tributos: o IBS, em substituição ao ICMS dos Estados e ao ISS dos municípios; a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substitui o PIS, a Cofins e o IPI, que são federais; e o Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente.
ORIGEM E DESTINO
Também faz parte da espinha dorsal da reforma a mudança na arrecadação de impostos da origem (onde a mercadoria é produzida) para o destino (onde é consumida).
Com este novo sistema, a reforma promete pôr fim à guerra fiscal entre estados, em que os governadores concedem incentivos fiscais para atrair investimentos para os seus territórios.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criou dois grupos de trabalho, com sete membros cada, para analisar os dois projetos de lei complementares enviados pelo governo para regulamentar a reforma. A primeira tratava da lei geral do IBS e da CBS, e deverá ser votada hoje.
O segundo grupo analisou a proposta do Comitê Gestor e a distribuição das receitas do IBS aos Estados e municípios.
Veja também
preço
Petróleo: AIE corta projeção para procura global em 2025 e espera maior oferta
TRABALHO
Agências Trabalhistas de Pernambuco oferecem 1.486 vagas nesta quinta-feira (11)
empréstimo itaú pessoal
divida banco pan
refinanciamento de empréstimo consignado bradesco
taxas de juros inss
empréstimo de valor baixo
simulador de empréstimo consignado banco do brasil
quitar emprestimo fgts banco pan