SÃO PAULO (Reuters) – A empresa de energia solar Solfácil captou 750 milhões de reais em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) verdes, em emissão que visa financiar mais de 22 mil projetos de geração distribuída solar no Brasil.
A operação anunciada esta terça-feira é a maior já registada no segmento de energia solar distribuída no país e foi coordenada pelo Itaú BBA e pela XP (BVMF:) e teve a Kanastra como empresa securitizadora e administradora, disse Solfácil.
Fundada em 2018, a Solfácil atua em diversas frentes no mercado de energia solar, oferecendo desde financiamento para consumidores instalarem pequenos sistemas solares até distribuição de equipamentos, monitoramento de geração, seguros, entre outros.
A empresa, que tem como investidores grandes fundos como QED Investors, Grupo SoftBank, Valor e Banco Mundial (IFC), acumula 1,5 bilhão de reais captados em 2024.
Guillaume Tiret, CFO e cofundador da Solfácil, destacou que o financiamento via CRI permite o acesso a um público maior de investidores, com foco em pessoas físicas e um custo de capital mais atrativo, o que se traduz em taxas de juros mais baixas para os investidores. consumidores finais.
“Este financiamento gerou uma procura significativa por parte dos investidores, permitindo-nos aumentar a emissão de 600 milhões para 750 milhões de reais, valor máximo previsto na oferta”, afirmou o executivo, em nota.
“Isto evidencia como os produtos de investimento da Solfácil respondem à crescente procura dos investidores por investimentos de baixo risco, bons retornos e impacto positivo no planeta”, acrescentou.
A Solfácil atua no segmento de geração distribuída de energia, que inclui pequenos projetos solares, com até 5 MW de potência, espalhados por residências, fachadas e terrenos de todo o país. Segundo mapeamento da entidade setorial Absolar, o Brasil atingiu 30 gigawatts (GW) de capacidade instalada em sistemas próprios de geração de energia, beneficiando 2,7 milhões de unidades consumidoras.
A emissão de CRI, dividida em cinco classes de séries, foi classificada pela Fitch Ratings e Moody’s Rating. A primeira série alcançou a classificação AAA mais alta, enquanto a segunda série foi classificada como AA. O CRI II Solfácil obteve a classificação título verde, comprovando o seu objetivo e compromisso no combate às alterações climáticas.
Em seis anos de atuação, a Solfácil financiou mais de 3 bilhões de reais para projetos de energia solar, que ultrapassam 1 gigawatt (GW) de potência instalada, distribuídos para mais de 110 mil clientes finais.
(Por Letícia Fucuchima)
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