Por Juliette Jabkhiro e Layli Foroudi e Zhifan Liu
PARIS (Reuters) – Os partidos políticos franceses enfrentaram uma tarefa difícil na formação de um governo neste domingo, depois que um segundo turno de eleições resultou em um Parlamento dividido, com uma aliança de esquerda inesperadamente assumindo o primeiro lugar, à frente da extrema direita.
Os resultados, baseados em projeções de pesquisas de opinião, foram um revés para o nacionalista e eurocético Rally Nacional (RN), de Marine Le Pen, que as pesquisas de opinião previam que seria o maior partido, mas ficou apenas em terceiro.
Foram também um golpe para o presidente centrista Emmanuel Macron, que convocou a votação depois do seu partido ter sido derrotado nas eleições para o Parlamento Europeu no mês passado.
As eleições deixarão o Parlamento dividido em três grandes grupos – a esquerda, os centristas e a extrema direita, com plataformas extremamente diferentes e sem tradição de trabalho conjunto.
O que virá a seguir é incerto.
A esquerda, que quer limitar os preços de bens essenciais como combustíveis e alimentos, aumentar o salário mínimo para 1.600 euros mensais, aumentar os salários dos trabalhadores do sector público e impor um imposto sobre a riqueza, disse imediatamente que quer governar.
“A vontade do povo deve ser estritamente respeitada… o presidente deve convidar a Nova Frente Popular para governar”, disse o líder da extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon.
No entanto, a aliança da Nova Frente Popular (NFP), formada às pressas antes da votação, está longe de alcançar a maioria absoluta.
Uma questão fundamental é se a aliança de esquerda, que reúne a esquerda radical, os Verdes e os Socialistas, permanecerá unida e concordará sobre a direcção a seguir.
A Constituição não obriga Macron a pedir ao grupo que forme um governo, embora esse seja o passo normal, uma vez que é o maior grupo no Parlamento.
Mélenchon descartou a possibilidade de uma ampla coligação de partidos de diferentes matizes e disse que Macron tinha o dever de convocar a aliança de esquerda para governar.
O grupo centrista de Macron, “Juntos”, deverá ficar em segundo lugar, logo à frente do RN, de acordo com projeções de pesquisas baseadas nos primeiros resultados.
O instituto de investigação Ipsos prevê que o RN terá 120 a 134 assentos, e os seus aliados 14 a 18, dos 577 assentos no Parlamento. Os pesquisadores da Elabe projetaram que o RN e seus aliados venceriam por 136 a 144.
Isto estava muito longe das semanas durante as quais as sondagens de opinião previam consistentemente que o RN venceria confortavelmente, antes de as alianças de esquerda e de centro retirarem dezenas de candidatos de disputas tripartidas para criar um voto unificado contra o RN.
Na sua primeira reação, o líder do RN, Jordan Bardella, qualificou a cooperação entre as forças anti-RN, conhecida como “frente republicana”, de uma “aliança vergonhosa” que, segundo ele, paralisará a França.
Marine Le Pen, que será a candidata do partido às eleições presidenciais de 2027, disse que a votação de domingo, na qual o RN obteve grandes ganhos em comparação com as eleições anteriores, lançou as sementes para o futuro.
“Nossa vitória foi simplesmente adiada”, disse ela.
A aliança de esquerda, cujos partidos estão em desacordo há muito tempo, deverá conquistar entre 171 e 187 assentos na votação da Ipsos. Os pesquisadores do Elabe viram a aliança de esquerda com 182 a 193 assentos.
(Reportagem de Tassilo Hummel, Gabriel Stargardter, Sudip Kar Gupta, Michel Rose, Elizabeth Pineau, Blandine Henault, Zhifan Liu, Sybille de La Hamaide, Richard Lough, Dominique Vidalon, Benoit Van Overstraeten)
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