O número de instituições de pagamento operando no Brasil saltou 12.700% em 8 anos. Passou de 1 em 2016 para 128 no 1º trimestre de 2024.
A Lei nº 12.865 de 2013 dispôs sobre os arranjos de pagamento e as instituições de pagamento integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro. Nessa modalidade, a instituição presta serviços de compra, venda e movimentação de recursos, sem possibilidade de concessão de empréstimos e financiamentos aos seus clientes.
Segundo o diretor executivo da ABFintechs, Carlos Oliveira, o crescimento do número de instituições financeiras está relacionado às soluções simplificadas oferecidas por esse tipo de serviço, encontrando bom apoio da população.
“As classes de baixa renda e as da economia informal tiveram dificuldade em abrir contas bancárias porque não tinham como comprovar renda. Eles encontram uma solução simples na instituição de pagamento”, disse Poder360.
Com a regulamentação das instituições financeiras, as fintechs viram a oportunidade de oferecer serviços mais simples aos clientes, segundo Carlos Oliveira.
“Isso se popularizou e, consequentemente, diversas fintechs foram criadas para esse fim. A partir daí foram criadas novas soluções baseadas nisso, o que estimulou esse mercado. Esse crescimento se deve ao fato de querer construir uma solução simples, com alta aderência, partindo de uma lacuna”, acrescentou.
Fintechs
As empresas de crédito direto (SCDs) — espécie de fintech que oferece empréstimos e financiamentos para aquisição de bens, serviços e capital de giro — também cresceram abruptamente. A primeira SCD autorizada foi a “QI SCD SA”, em 2018. Desde então, o número aumentou 11.700%.
O número de empresas de crédito peer-to-peer (SEP) triplicou de 2019 a 2024. Passou de 4 em 2019 para 12 no 1º trimestre de 2024. A SEP atua como intermediária dos contratos celebrados entre credores e devedores. Os recursos vêm de terceiros que utilizam a infraestrutura fornecida pela fintech para conectar credores e devedores.
Em nota, o Banco Central informou que as SCDs e SEPs são fintechs de crédito, com exigências regulatórias mais brandas em relação às instituições financeiras convencionais. A autoridade monetária informou que as modalidades foram regulamentadas justamente para facilitar o acesso ao mercado financeiro e, assim, aumentar a concorrência no mercado de crédito.
“O Banco Central tem incentivado a concorrência e a entrada de novos agentes no mercado através da sua agenda de trabalho, com a criação de novos tipos de instituições financeiras”, afirmou.
No Brasil, as fintechs são regulamentadas desde abril de 2018 pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), com base nas resoluções 4.656 e 4.657.
Instituição financeira
Além das fintechs, o sistema financeiro brasileiro é formado por bancos, cooperativas de crédito, entre outras instituições. Dados do Banco Central mostram que nos últimos 11 anos houve uma redução no número de instituições financeiras autorizadas a funcionar no país.
Em 2013, havia 2016 instituições autorizadas a funcionar no país. O número caiu gradativamente até 2019, quando chegou a 1.629. A partir de 2020, voltou a subir, chegando a 1.725. Apesar do movimento crescente, houve queda de 14,4% no período.
Segundo o Banco Central, o sistema financeiro sofreu uma redução de instituições autorizadas, considerando o movimento de liquidações, incorporações e encerramento de operações no período.
Segundo o economista Saumineo Nascimento, as reduções quantitativas mais relevantes ocorreram com os seguintes tipos de instituições:
- cooperativas de crédito: teve uma queda quantitativa de 33,8%, passando de 1.209 Cooperativas em 2013 para 800 Cooperativas em 2024;
- sociedades gestoras de consórcios: caiu de 199 empresas em 2013 para 135 empresas em 2024, uma redução de 32,2%;
- sociedades de crédito para microempreendedores e pequenas empresas: caiu de 38 para 26 empresas, com redução de 31,6%;
- sociedade corretora de valores mobiliários: redução de 29%, em 2013 eram 93 Empresas e em 2024 são 66 Empresas.
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