O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um pronunciamento na noite desta quarta-feira (3), para reiterar o compromisso do governo com o quadro fiscal e as metas e para anunciar que R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias poderão ser cortados do Orçamento de 2025.
O anúncio foi feito diante da estratégia do governo de mudar a comunicação para conter a alta do dólar e frear o mau humor do mercado, que desconfia do poder das medidas de ajuste das contas públicas.
O detalhamento desta redução só será feito após notificação aos ministérios envolvidos e espera-se que este movimento se reflita na execução orçamentária deste ano, dependendo da necessidade de ajuste destacada pelo próximo relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, que será lançado em 22 de julho.
“Já identificamos, e o presidente autorizou a realização, R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que serão cortadas após a comunicação aos ministérios afetados do limite que será dado para a elaboração do orçamento de 2025. Isso não é É um número arbitrário que foi levantado linha a linha no orçamento e que não condiz com o espírito dos programas sociais que foram criados”, disse Haddad após sair de reunião da Diretoria de Execução Orçamentária (JEO) no Palácio do Planalto. , com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro reiterou que este valor é resultado da análise minuciosa dos programas sociais e outras despesas que tem sido realizada nos últimos meses, com destaque para os últimos 90 dias, liderada pelo Ministério do Planeamento. O valor já havia sido antecipado pelo Broadcast.
“Vamos agora reunir os ministros envolvidos, que têm consciência de que o trabalho técnico foi feito pelas próprias equipas, para que também não haja falhas de comunicação”, disse o ministro.
Nosso compromisso de cumprir a estrutura
“O presidente determinou que o quadro fiscal seja cumprido. Não há discussão nesse sentido”, disse o ministro após reunião do Conselho de Execução Orçamentária (JEO), lembrando que a lei aprovada contou com o apoio do governo e de todos os ministros. .
“A lei complementar foi aprovada e está conjugada com a Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e serão cumpridas em 2024, 2025, 2026. Nosso compromisso é cumprir”, reiterou.
Este foi o terceiro encontro de Haddad com Lula nesta quarta – os dois tiveram um primeiro encontro pela manhã, no Palácio da Alvorada, e o JEO já havia realizado uma reunião anterior no Planalto, entre os anúncios do Plano Safra. Segundo Haddad, as medidas discutidas pela diretoria combinam elementos para cumprir tanto o marco de 2024 quanto para garantir um orçamento equilibrado em 2025.
Haddad ressaltou que o arcabouço fiscal será preservado a todo custo. As declarações surgem na esteira da nova estratégia de comunicação do governo, que precisa conter a alta do dólar e frear o mau humor do mercado, que desconfia do poder das medidas de ajuste fiscal.
“O enquadramento será preservado a todo custo, o que significa que no relatório que será apresentado no dia 22 de julho, e a Receita está finalizando a compilação do semestre, isso poderá significar alguma contingência e algum bloqueio, o que será suficiente para que o enquadramento seja cumprida”, afirmou.
Segundo o ministro, ainda não foi definida a ordem de grandeza do contingenciamento, por possível frustração de receitas, e do bloqueio, por aumento de despesas. Como já mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), os valores a serem congelados ainda estão em avaliação.
A dimensão do ajustamento fiscal necessário para cumprir o quadro este ano pode antecipar os efeitos das medidas de redução de custos que ocorrerão no próximo ano. Haddad disse que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, irá considerar os valores pactuados nesta reunião para o Orçamento de 2025. “Algumas medidas podem ser antecipadas para este ano, independentemente de outros itens que possam ser potencializados e de outros bloqueios que possam ser feitos para cumprimento do marco”, declarou.
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