O Ministro das Finanças, Fernando Haddad, afirmou esta quarta-feira que espera concluir as negociações sobre as dívidas do Estado até ao final do mês. O ministro deu as declarações durante reunião do Conselho da Federação, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e governadores.
— Espero que até o final do mês consigamos concluir essa negociação e dar essa boa notícia aos entes federados — disse Haddad.
Nesta terça-feira, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reuniu-se com governadores e com a equipe econômica do governo para tentar chegar a um consenso sobre a proposta de renegociação da dívida.
Somados, todos os estados e o Distrito Federal, a dívida chega a R$ 764,9 bilhões. A expectativa é que um projeto de lei complementar seja apresentado antes do recesso parlamentar de julho.
Na semana passada, os secretários de Pacheco e do ministro Fernando Haddad, Dario Durigan e Rogério Ceron, se reuniram para traçar os últimos pontos em comum da proposta.
O Tesouro concordou com duas seções que haviam sido solicitadas por Pacheco: a possibilidade de valores de bens do Estado, sejam imóveis ou de empresas estatais, serem utilizados como parte do pagamento do saldo de dívidas.
Com isso, o valor total das dívidas pode ser amortizado. Os valores que os estados devem à União variam entre R$ 93 bilhões, como é o caso do Rio Grande do Sul, e R$ 160 bilhões, que é o caso de Minas Gerais.
Pacheco também discutiu a proposta diretamente com Lula, durante a visita do presidente a Minas Gerais.
A negociação com governadores, mesmo por meio de Pacheco, beneficia Lula no diálogo com os estados, ponto importante em ano eleitoral, segundo aliados do presidente. Eles lembram que Lula está empenhado em eleger prefeitos no maior número de cidades possível. Caminho para fortalecer, no futuro, a base de deputados na Câmara e de senadores nas próximas eleições de 2026.
A entrega de bens também deverá ser utilizada como forma de reduzir os juros das dívidas dos Estados daqui para frente, funcionando como uma espécie de garantia de pagamento. Isto, no entanto, ainda está em avaliação pela equipa económica.
Um ponto que o Tesouro já demonstrou discordar é a possibilidade de redução dos juros retroativos, aqueles que incidiram sobre valores devidos no passado. A cobrança de correção monetária, IPCA, continuará ocorrendo, mesmo com os descontos.
Outro ponto que Pacheco e o governo concordaram foi a criação de um Fundo Nacional de Equalização, com acesso para os demais estados da federação, que não têm dívidas, utilizarem os recursos.
Assim, o plano é manter a proposta do governo de reduzir os juros da dívida para 3% ou 2%, com a condição de que os estados invistam o dinheiro não pago à União em educação e infraestrutura, além de cerca de 1% ser direcionado para o fundo.
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