O jovem Neri Guarani Kaiowá foi morto com um tiro na cabeça, nesta quarta-feira (18), na Terra Indígena (TI) Nhanderu Marangatu, no município de Antônio João, no Mato Grosso do Sul, durante processo de recuperação na Fazenda Barra . As suspeitas são de que os responsáveis pelos disparos, que atingiram outros indígenas com balas de borracha e munições letais, sejam policiais militares.
Indígenas da comunidade denunciaram as agressões sofridas nos últimos dias ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O estopim dos ataques, relataram, foi a visita, na sexta-feira (13), da Missão de Direitos Humanos organizada pelo Coletivo de Solidariedade e Compromisso com os Povos Guarani, no exato local onde agora ocorreram os ataques. A delegação passou pela TI Panambi, também pertencente aos Guarani e Kaiowá, que abrange os municípios de Itaporã (MS) e Douradina (MS).
Segundo a entidade, o episódio desta quarta também deixou pelo menos uma mulher ferida por projétil de arma de fogo na região da perna, que foi levada a um hospital de Ponta Porã (MS). Outras duas pessoas ficaram feridas por balas de borracha e barracos também foram destruídos durante a recuperação. Segundo o Cimi, a Força Nacional não estava no local no momento dos ataques.
Segundo Cimi, os ataques começaram nas primeiras horas da manhã por policiais que arrastaram o corpo de Neri para uma parte da mata. “A ação da polícia gerou revolta entre os indígenas, que começaram a avançar em direção ao local para onde o corpo foi levado. Novos confrontos se seguiram, mas a polícia continuou com a decisão de retirar o corpo dos Guarani e Kaiowá. (17), vídeos feitos em Antônio João anunciavam a agressão iminente”, explica a organização indígena, em nota pública.
Procurada pela reportagem, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) enviou nota, na qual afirma ter recebido com indignação a notícia do caso e que já havia acionado o Ministério Público Federal Especializado (PFE) para adotar todas as medidas legais cabíveis. medidas. O município afirma que está empenhado em garantir que esta violência cesse imediatamente e que os responsáveis sejam punidos e que, para tanto, deverá entrar em contato com o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3).
“O conflito também tem sido acompanhado pela Coordenação Regional de Ponta Porã (CR-PP). O órgão indígena já se reuniu com o juiz responsável pelo caso, solicitando medidas urgentes em relação à atuação da polícia na área. da Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, a instituição reafirmou a orientação de que não deveria haver qualquer medida possessória contra os indígenas da Terra Indígena Nhanderu Marangatu”, acrescenta a nota.
A Funai informa ainda na nota que, na terça-feira (18), realizou reunião com diversos órgãos, entre eles o CR-PP, a Diretoria de Proteção Territorial (DPT), a Coordenação Geral de Identificação e Delimitação (CGID), a Coordenação Especializada Ministério Público Federal da Funai, Assessoria Jurídica do Ministério dos Povos Indígenas (Conjur MPI) e Procuradoria-Geral da União (PGF).
“Nesta ocasião, foram definidas medidas urgentes, como o pedido de presença constante da Força Nacional na área. A Fundação reitera que tais atos são inaceitáveis e que está mobilizando todos os esforços para salvaguardar os direitos e a segurança dos cidadãos da região. povos indígenas”, diz a nota.
Segundo o governo de Mato Grosso do Sul, alguns Guarani e Kaiowá estavam armados com armas de fogo e tentavam invadir a fazenda.
“O secretário estadual de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, esclareceu que os policiais militares que estão no local (100 homens) estão cumprindo ordem judicial (da Justiça Federal) para manter a ordem e a segurança na propriedade rural (Fazenda Barra ), além de permitir o vaivém de pessoas entre a rodovia e a sede da fazenda. O conflito na região já dura anos, porém a situação se agravou nos últimos dias”, diz comunicado do governo do estado, que também informa que especialistas estiveram no local para ajudar. coletar informações e que um relatório será “entregue em Brasília”.
O Agência Brasil solicitou resposta dos Ministérios dos Povos Indígenas e da Justiça e Segurança Pública, mas não obteve resposta dos ministérios.
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